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Presidente colombiano se nega a assinar acordo com as Farc

O governo de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia marcaram a data limite de 23 de março para selar um acordo de paz


	Juan Manuel Santos: "Se não alcançarmos em 23 de março um bom acordo, digo à outra parte que determinemos outra data", disse o presidente
 (AFP/Arquivos / SAUL LOEB)

Juan Manuel Santos: "Se não alcançarmos em 23 de março um bom acordo, digo à outra parte que determinemos outra data", disse o presidente (AFP/Arquivos / SAUL LOEB)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 17h14.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou nesta quarta-feira que não assinará um acordo de paz com as Farc em 23 de março, data limite fixada por ambas as partes, enquanto o negociado for um "mau acordo".

"Se não alcançarmos em 23 de março um bom acordo, digo à outra parte que determinemos outra data, porque não vou cumprir uma data com um mau acordo", afirmou o chefe de Estado durante um comício na cidade de Pereira (oeste).

O governo de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas), em conflito contra o Estado desde 1964, marcaram a data limite de 23 de março para selar um acordo de paz, negociando desde novembro de 2012, em Cuba.

O presidente disse que "depois de muito esforço, depois de tanto tempo" apenas assinará e cumprirá um acordo "que seja bom para os colombianos".

"Espero que possamos assinar, como eu disse, os negociadores estão na reta final", afirmou, no encerramento da 63º conferência da Confederação Evangélica da Colômbia.

As partes, que já alcançaram um consenso parcial sobre a reforma agrária, a luta contra o tráfico de drogas, a participação política dos combatentes, a justiça e as vítimas, debatem atualmente as questões complexas relativas ao fim do conflito, como o cessar-fogo e a entrega definitiva das armas.

O conflito interno na Colômbia, que por mais de cinco décadas envolveu guerrilheiros, paramilitares e militares, fez oficialmente 7,5 milhões de vítimas, incluindo 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,6 milhões de deslocados.

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