Mundo

Presidente colombiano lança plano de guerra contra as Farc

Plano Espada de Honor 2 contará com 50 mil homens do Exército para ampliar a ofensiva contra os blocos sul e oriental das Farc


	Soldados da Farc: objetivo do plano é enfraquecer a ação das guerrilha nos blocos sul e oriental
 (Serdechny / Wikimedia Commons)

Soldados da Farc: objetivo do plano é enfraquecer a ação das guerrilha nos blocos sul e oriental (Serdechny / Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 23h34.

Bogotá - Em meio às negociações de paz entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o governo colombiano, o presidente Juan Manuel Santos anunciou hoje (9) um “plano de guerra” contra a guerrilha e a instalação de um novo comando militar. O chamado Espada de Honor 2” contará, segundo o governo, com 50 mil homens do Exército para ampliar a ofensiva contra os blocos sul e oriental das Farc.

De acordo com Santos, o objetivo do plano é enfraquecer a ação das Farc nessas regiões, onde o grupo guerrilheiro têm apresentado ação mais concentrada, neutralizando os chefes da guerrilha que operam nas duas áreas.

"É um plano muito bem desenhado e muito bem sustentado, que pretende atualizar e incrementar as atividades das nossas Forças Armadas, tendo em vista que as circunstâncias mudam, e há etapas que vamos vencendo, enquanto começamos a enfrentar novas”, disse Santos, durante cerimônia no Forte Militar de Larandia, no departamento de Caquetá, no Sudoeste da Colômbia.

O presidente também informou que vai colocar em ação mais 15 mil policiais em todo o país. O novo efetivo terá como prioridade, segundo ele, a “luta contra os crimes de mineração ilegal, sequestros, tráfico e roubos”. Santos revelou que o governo pretende aperfeiçoar o treinamento das unidades militares e anunciou reforços na preparação dos profissionais e instalação de mais centros de Inteligência. “Estamos aumentando o número de municípios que estão dentro do Plano de Consolidação”, destacou.

O Plano de Consolidação, como foi nominado pelo governo, também objetiva assumir o controle de regiões onde bandos de criminosos (grupos de narcotraficantes comuns) ou guerrilhas atuam.

Nessa terça-feira (8), o presidente pediu às Farc mais rapidez no ritmo das negociações em Havana, capital de Cuba, e chegou a dizer que uma pausa poderia ocorrer durante o processo eleitoral, que começa nos próximos meses. As eleições presidenciais estão previstas para maio.

Hoje as Farc responderam, declarando que poderiam fazer uma "pausa", mas que a decisão para isso, não poderia ser “unilateral” e que a mesa de negociação, em Havana, deveria, conjuntamente, decidir por isso.

As negociações de paz discutem a participação política dos guerrilheiros, após um eventual acordo pelo fim do conflito, mas as Farc disseram que, ainda não há consenso sobre o tema.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaFarcGuerras

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia