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Presidente chinês denuncia complô dentro do Partido Comunista

As críticas foram feitas após uma reunião na semana passada com centenas de altos funcionários do regime

desde que assumiu a liderança do partido, Xi luta contra a corrupção entre as elites comunistas (Jim Bourg/Reuters)

desde que assumiu a liderança do partido, Xi luta contra a corrupção entre as elites comunistas (Jim Bourg/Reuters)

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AFP

Publicado em 3 de novembro de 2016 às 08h44.

O presidente chinês, Xi Jinping, denunciou na imprensa estatal um "complô" dentro do Partido Comunista, criticou a corrupção e a fraude eleitoral, ao mesmo tempo em que pediu o reforço do controle ideológico de seus membros.

As críticas foram feitas após uma reunião na semana passada com centenas de altos funcionários do regime comunista que deram a Xi um "papel central" na liderança do país país e pediram reformas das "normas da vida política".

Desde que assumiu a liderança do partido em 2012, Xi luta contra a corrupção entre as elites comunistas.

O Jornal do Povo, oficial, publica nesta quinta-feira dois documentos que apresentam detalhes da reunião, acompanhados de comentários de Xi Jinping.

"Alguns altos dirigentes do Partido, superados por sua ambição, sedentos de poder, fingem observar a linha oficial, formam camarilhas para seus interesses pessoais (...) e fomentam complôs políticos", denuncia o presidente.

"O nepotismo e a fraude eleitoral não foram detidos", acrescentou, antes de afirmar que "os abusos de poder, a corrupção e a violação da lei da disciplina aumentaram".

Em setembro foi divulgado um caso de compra de votos que envolvia vários deputados da província de Liaoning (nordeste).

A campanha de combate à corrupção liderada por Xi provocou a punição de mais de um milhão de integrantes do partido, incluindo aqueles que o líder chinês chama de "moscas" (funcionários de nível menor) e "tigres" (altos dirigentes), como o ex-comandante da Segurança Zhou Yongkang e vários generais do exército, atualmente na prisão.

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