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Presidente chinês chega ao Cazaquistão em sua primeira visita ao exterior desde a pandemia

Em outra nota à imprensa, Xi prometeu "reforçar a cooperação em questões de segurança".

O avião do líder chinês aterrissou em Nur-Sultan, a capital deste país da Ásia Central (Justin Chin/Getty Images)

O avião do líder chinês aterrissou em Nur-Sultan, a capital deste país da Ásia Central (Justin Chin/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de setembro de 2022 às 10h47.

O presidente chinês Xi Jinping chegou nesta quarta-feira (14) ao Cazaquistão, em sua primeira visita ao exterior desde o início da pandemia de covid-19, constatou a AFP.

O avião do líder chinês aterrissou em Nur-Sultan, a capital deste país da Ásia Central, pouco depois das 8h30 GMT (5h30 no horário de Brasília).

Ao descer do avião, Xi Jinping foi recebido pelo presidente do Cazaquistão Kasim Jomart Tokayev. Ambos os líderes usavam máscaras, assim como suas respectivas delegações e a guarda de honra.

Xi Jinping, que depois desta visita viajará para o Uzbequistão para comparecer a uma cúpula dos dirigentes dos Estados-membros da Organização de Cooperação de Xangai (OCS), não saía da China desde os primeiros dias da pandemia de coronavírus.

O Cazaquistão e o Uzbequistão são dois países da antiga Ásia Central soviética, uma região no centro das Novas Rotas da Seda, o vasto projeto do presidente chinês para melhorar os vínculos comerciais da China com o resto do mundo.

Na véspera desta viagem, o dirigente chinês prometeu "defender a segurança comum" com o Cazaquistão, em uma nota para a imprensa do Cazaquistão, divulgado na terça-feira pela televisão pública chinesa CCTV.

Reforçar a segurança

Em outra nota à imprensa, Xi prometeu "reforçar a cooperação em questões de segurança".

Segundo Xi Jinping, a China deseja cooperar com o Cazaquistão no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado internacional, assim como contra as três "pragas", termo utilizado por Pequim para se referir ao terrorismo, ao separatismo e ao extremismo religioso.

O governo chinês já usou esta fórmula para justificar a repressão da população muçulmana uigur em Xinjiang, região chinesa que faz fronteira com o Cazaquistão.

Os países ocidentais e as organizações dos direitos humanos acusam a China de prender em acampamentos mais de um milhão de uigures e outras minorias muçulmanas, incluindo os cazaques.

Pequim rejeita as acusações, afirmando que luta contra o "terrorismo" e garante o desenvolvimento da região.

Milhares de cazaques têm vínculos familiares com os habitantes de Xinjiang, onde os cazaques são a segunda população de língua turca, depois dos uigures.

O Cazaquistão, um país rico em hidrocarbonetos que deseja aprofundar suas relações comerciais com a China, tende a se alinhar com a posição de Pequim em Xinjiang.

No entanto, o país tornou-se uma base para ONGs que denunciam a situação em Xinjiang e criticam as autoridades cazaques por sua inação.

Após sua visita ao Cazaquistão, Xi Jinping viajará para Samarcanda, a mítica cidade uzbeque localizada na antiga Rota da Seda, onde participará da cúpula da OCS, marcada para 15 e 16 de setembro.

A OCS é composta pela China, Rússia, quatro países da Ásia Central - Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão -, Índia e Paquistão.

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