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Presidente chileno quer tratado integral com a China

País asiático já é o maior parceiro comercial do Chile; mineração é uma áreas que deve receber investimentos

Os presidentes da China, Hu Jintao, e do Chile, Sebastian Pinera, negociam acordo  (Getty Images)

Os presidentes da China, Hu Jintao, e do Chile, Sebastian Pinera, negociam acordo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2010 às 12h22.

Pequim - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, declarou nesta quarta-feira que espera uma colaboração "fértil e frutífera" com a China e que, após o tratado de livre-comércio de bens e serviços, busca um novo tratado integral de investimentos.

Piñera concluiu sua visita ao país asiático com reuniões com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Wu Bangguo, além do encontro com dirigentes do Partido Comunista da China (PCCh).

Logo após, o presidente celebrou o 40º aniversário das relações bilaterais, acompanhado pelo senador chileno Fulvio Rossi, líder opositor do Partido Socialista.

Na escola de dirigentes do PCCh, o vice-presidente do centro, Li Jingtian, destacou que Piñera "alcançou sucessos internacionalmente reconhecidos e a ampla aceitação do povo chileno após o terremoto e o resgate dos mineradores".

Piñera, por sua vez, falou sobre as grandes oportunidades de colaboração que se abrem na nova etapa entre os países.

"A China precisa de nossas frutas, verduras e peixes", destacou o líder chileno. "Em mineração, por exemplo, ambos temos tradição e experiência, por isso é acelerar acordos de investimento. É preciso um acordo integral de colaboração".

Segundo Piñera, o Tratado entre China e Chile multiplicou o comércio desde 2005, atingindo quase US$ 22 bilhões em 2010. Atualmente, o país asiático é o principal parceiro comercial do Chile.

"A China é um gigante e, como disse Albert Einstein, é bom subir nos ombros de um gigante. Assim como o presidente Hu Jintao, estamos de acordo em impulsionar as negociações para um tratado de investimentos recíprocos", manifestou Piñera.

"Além de estarem nos extremos geográficos, Chile e China se unem na tragédia e na adversidade. O Pacífico nos separa, mas estabelecemos relações consulares no século XIX e completamos agora 40 anos de vínculos diplomáticos", destacou.


De acordo com o líder chileno, a relação com a China pode significar uma grande contribuição à comunidade internacional.

"Estamos em posição privilegiada e esperando para aproveitarmos as oportunidades. Cada vez mais, nossos vínculos serão mais férteis e frutíferos", acrescentou.

Piñera disse que os 32 anos de reforma e abertura da China alcançaram grandes resultados, "mas foi o crescimento de Hu que somou os conceitos de harmonia e de desenvolvimento sustentável".

"A América Latina estava condenada à pobreza e ao subdesenvolvimento. Hoje é uma meta factível e temos um verdadeiro compromisso com nosso país e nosso povo de aumentar as oportunidades, além do desenvolvimento integral, econômico e de cultura e valores", disse.

Segundo Piñera, seu Governo "foi marcado por oito meses muito intensos, mas a unidade e a coragem do povo chileno permitiram a reconstrução após o terremoto de fevereiro, a comemoração dos 200 anos de independência e o sucesso no resgate dos 33 mineradores no Deserto do Atacama".

Piñera também mencionou seu acordo com Hu e os demais líderes chineses no compromisso comum para lutar contra o narcotráfico e o crime organizado, assim como pela paz.

"O Chile quer colaborar na construção de um mundo melhor. Já assinou 58 tratados de livre-comércio, o último com a Malásia", completou.

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