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Presidente chileno diz que não renunciará, apesar dos protestos

Tendo como gatilho inicial o aumento do bilhete de metrô, protestos passaram a incluir leque mais amplo de reivindicações sociais

Protestos no Chile: , manifestações já entraram em sua terceira semana (Henry Romero/Reuters)

Protestos no Chile: , manifestações já entraram em sua terceira semana (Henry Romero/Reuters)

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AFP

Publicado em 5 de novembro de 2019 às 10h27.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 10h28.

São Paulo — O presidente do Chile, Sebastián Piñera, afirmou que não renunciará, apesar dos grandes protestos contra o governo marcados pela violência, mas reconheceu "parte" da responsabilidade na crise, em uma entrevista exibida pela rede BBC.

Ao ser questionado pela jornalista Katy Watson sobre os pedidos de renúncia e se tomaria tal atitude, o presidente conservador respondeu de maneira simples: "Não".

"Estes problemas se acumularam nos últimos 30 anos. Sou responsável por parte dele, e assumo minha responsabilidade, mas não sou o único", afirmou.

Tendo como gatilho inicial o aumento do bilhete de metrô e, na sequência, passando a incluir um leque mais amplo de reivindicações sociais, as manifestações entram em sua terceira semana. Os sinais não são de que haverá um recuo nas ruas.

O governo parece impotente, embora tenha declarado estado de emergência e enviado os militares para patrulharem as ruas junto com a polícia.

Com 13% de aprovação, Piñera é o chefe de Estado com os mais baixos percentuais de aprovação desde o retorno do Chile à democracia em 1990.

Liderados pela Prêmio Nobel da Paz Rigoberta Menchú, ativistas pedem a Piñera que contenha o que denunciam como "graves e sistemáticas" violações dos direitos humanos para reprimir os protestos.

"Há muitas supostas queixas sobre uso excessivo da força e, se isso aconteceu, posso garantir que será investigado (...) e será julgado", declarou Piñera, na mesma entrevista.

"Não haverá impunidade", frisou.

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