Mundo

Presidente catalão pede a Trump e ao papa que mediem referendo separatista

Segundo jornal, presidente catalão enviou a carta ao governo espanhol no dia 26 de setembro com cópia a Trump e ao papa Francisco

Bandeira da Catalunha: presidente do Governo autônomo da Catalunha, Quim Torra, enviou no final de setembro uma carta a líderes (Fabian Bimmer/Reuters)

Bandeira da Catalunha: presidente do Governo autônomo da Catalunha, Quim Torra, enviou no final de setembro uma carta a líderes (Fabian Bimmer/Reuters)

E

EFE

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 09h42.

Barcelona - O presidente do Governo autônomo da Catalunha, Quim Torra, enviou no final de setembro uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao papa Francisco na qual solicita que mediem o referendo de autodeterminação nessa região da Espanha.

Segundo publicou hoje "El Jornal", Torra enviou a carta ao presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, no dia 26 de setembro com cópia a Trump e ao papa, entre outros líderes.

Na carta, Torra pretende explorar a via da negociação com o Governo espanhol e a mediação internacional para fazer uma consulta que o governo de Madri rejeita.

Nela, Torra não menciona nenhum ultimato do independentismo para continuar apoiando o governo socialista de Sánchez no Parlamento espanhol, onde o partido socialista está em minoria.

A carta, escrita em inglês, foi enviada também aos governos da União Europeia e aos presidentes de China, Ucrânia e Kosovo.

Na carta, Torra pede a Sánchez que autorize seu Governo a abrir uma mediação "sem precondições", já que acredita que a distância que separa as duas posições "não é intransponível".

Torra assegura que sua postura "não se centra em conseguir a independência imediata, mas em garantir o respeito à vontade dos catalães através de um referendo legal, vinculativo e justo, no qual ambas as partes se comprometam a acatar o resultado".

O governo catalão convocou no dia 1 de outubro de 2017 um referendo sobre a independência na Catalunha que foi declarado ilegal pela Justiça espanhola, e o Parlamento regional aprovou depois uma declaração unilateral de independência.

Como consequência destes fatos, o governo catalão anterior foi destituído, seu então presidente, Carles Puigdemont, fugiu da Justiça, e a maioria de seus integrantes estão em prisão preventiva ou foragidos.

Torra destaca em sua carta que cada vez "será mais difícil avançar" se a prisão desses líderes independentistas for mantida e propõe a Sánchez, como mostra de boa vontade, que a Promotoria retire as acusações ou suas objeções para que esperem o julgamento em liberdade.

"Caso os nove (líderes em prisão ou foragidos no estrangeiro) sejam postos em liberdade, o grupo catalão está pronto para explorar todas as opções possíveis com Madri", assegurou Torra na carta, que finaliza pedindo, "pelo bem de todos, uma transição estipulada".

Acompanhe tudo sobre:CatalunhaDonald TrumpPapa FranciscoReferendo

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado