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Presidente birmanês aceita reunir-se com líder opositora

A apuração dos votos emitidos nas eleições gerais já se aproxima de 40% e aponta para uma vitória arrasadora do partido da Nobel da Paz

Eleições em Mianmar:  (Jorge Silva / Reuters)

Eleições em Mianmar: (Jorge Silva / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2015 às 07h44.

Bangcoc - O presidente de Mianmar, Thein Sein, aceitou reunir-se com a líder opositora Aung San Suu Kyi, para falar da vitória do partido da vencedora do Nobel da Paz nas eleições gerais do domingo, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

"A reunião será realizada depois que a Comissão Eleitoral complete sua incumbência", escreveu em sua conta de Facebook o ministro da Informação e porta-voz do escritório da presidência, Ye Htut.

Htut deu declarações desde o dia anterior a vários meios de comunicação, locais e internacionais, nas quais felicitou Suu Kyi e seu partido, Liga Nacional para a Democracia (NLD, em inglês), por seu triunfo nas eleições.

A apuração dos votos emitidos nas eleições gerais já se aproxima de 40% e aponta para uma vitória arrasadora da NLD, que com essa porcentagem apurada já conseguiu 134 cadeiras, do total de 440 em jogo na câmara baixa do parlamento nacional, 29 dos 224 assentos disputados no Senado, e outros 234 nas câmaras legislativas estaduais e regionais.

Em segundo lugar aparece o governante Partido para a Solidariedade e o Desenvolvimento da União (USDP, em inglês) com oito deputados na câmara baixa, dois na alta e 26 nas regionais e estaduais.

Suu Kyi enviou na véspera vários convites para se reunir com os presidentes do país, Thein Sein, e da câmara baixa, Shwe Mann, assim como com o chefe das forças armadas, Min Aung Hlaing, para abordar a "reconciliação".

Mianmar esteve governada por regimes militares desde 1962 até 2011, quando a última junta passou o poder a um governo civil aliado que começou a aplicar reformas políticas, econômicas e sociais.

Suu Kyi passou no total mais de 15 anos sob prisão domiciliar durante a ditadura militar por reivindicar, de maneira pacifica, democracia para seu país.

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