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Presidente argentina se encontrou com Snowden, diz advogado

Reunião ocorreu depois que um canal de televisão argentino revelou que a Grã-Bretanha espionou militares e líderes políticos da Argentina entre 2006 e 2011


	Presidente da Argentina, Cristina Kirchner: ela viajou à Rússia para aprofundar os laços comerciais bilaterais
 (Marcos Brindicci/Reuters)

Presidente da Argentina, Cristina Kirchner: ela viajou à Rússia para aprofundar os laços comerciais bilaterais (Marcos Brindicci/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 10h01.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, se reuniu com o delator norte-americano Edward Snowden durante visita à Rússia em abril, disse na quinta-feira o diretor da União das Liberdades Civis Americanas e dvogado de Snowden, Anthony Romero.

A reunião de duas horas de duração ocorreu depois que um canal de televisão argentino, citando documentos de inteligência fornecidas por Snowden, revelou que a Grã-Bretanha espionou militares e líderes políticos da Argentina entre 2006 e 2011 para salvaguardar a segurança das Ilhas Malvinas, disputadas pelos dois países.

"Ela se encontrou com ele por volta do final de abril", disse Romero a repórteres em Buenos Aires. Um porta-voz do chefe de gabinete de Cristina, Anibal Fernández, disse que não tinha informações a dar sobre a reunião. Ligações para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores não foram atendidas.

Cristina viajou à Rússia para aprofundar os laços comerciais bilaterais, como parte de um esforço do governo russo para fortalecer os laços com a América do Sul.

Romero disse que Snowden o contou diretamente sobre a visita, acrescentando que foi o primeiro encontro do ex-colaborador do setor de espionagem dos Estados Unidos com um chefe de Estado desde que ele fugiu para a Rússia em 2013, após revelar detalhes dos programas do governo os EUA de vigilância em massa.

"Eles falaram sobre a vigilância eletrônica da Agência de Segurança Nacional (NSA), suas ramificações para os líderes mundiais e o impacto sobre os cidadãos de países estrangeiros", disse Romero.

Os Estados Unidos querem que Snowden seja julgado pelo vazamento das informações. A notícia sobre a reunião secreta de Cristina com Snowden não devem ajudar a melhorar as relações já frias entre Washington e Buenos Aires.

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