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Presidente Arce pede aos bolivianos que se mobilizem contra 'golpe de Estado'

Tropas militares se aglomeraram em frente ao palácio presidencial, liderados pelo comandante do Exército Juan José Zúñiga, demitido na terça-feira

Pessoas se afastam do gás lacrimogêneo disparado por tropas militares em frente ao Palácio Quemado, na Plaza de Armas, em La Paz (AIZAR RALDES/AFP)

Pessoas se afastam do gás lacrimogêneo disparado por tropas militares em frente ao Palácio Quemado, na Plaza de Armas, em La Paz (AIZAR RALDES/AFP)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 26 de junho de 2024 às 18h19.

Última atualização em 26 de junho de 2024 às 18h33.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, apelou nesta quarta-feira aos bolivianos para que se mobilizassem contra a tentativa de golpe de Estado em curso dos militares, que tentam entrar à força na sede do governo, no centro de La Paz.

Tropas e tanques se aglomeraram em frente ao Palácio Quemado, na Praça Murillo, sob comando do general Juan José Zúñiga, destituído na terça-feira após fazer declarações sobre a possível candidatura do ex-presidente Evo Morales em 2025.

"O povo boliviano está convocado hoje, precisamos que o povo boliviano se organize e se mobilize contra o golpe de Estado, em favor da democracia", disse Arce em pronunciamento televisivo ao país ao lado de seus ministros na Casa Grande del Pueblo, adjacente ao Palácio Quemado, sede presidencial.

Zúñiga, demitido na terça-feira, declarou à imprensa que "a mobilização de todas as unidades militares" busca expressar seu descontentamento "com a situação do país", alertando que não permitiria uma possível nova candidatura do ex-presidente Evo Morales em 2025.

"Já basta. Não pode haver essa deslealdade", afirmou, acrescentando que continua obedecendo ao presidente Arce "por enquanto", mas que tomará medidas para "mudar o gabinete de governo".

Os militares na Praça Murillo lançaram gás lacrimogêneo e balas contra um grupo de cidadãos que gritavam "Eu luto, vocês não estão sozinhos". Vários apelos estão sendo feitos para que a população se manifeste e rejeite a tentativa de golpe em curso.

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