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Presidente alemão renuncia após declarações sobre Exército

Köhler havia declarado que missões militares no exterior poderiam ser justificadas pela segurança econômica da Alemanha

O ex-presidente da Alemanha, Horst Köhler, durante festividades na Bavária (.)

O ex-presidente da Alemanha, Horst Köhler, durante festividades na Bavária (.)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2010 às 10h19.

Berlim - O presidente da Alemanha, Horst Köhler, anunciou hoje sua renúncia "com efeitos imediatos" do cargo de máxima autoridade do país poucos dias após polêmicas declarações no Afeganistão sobre as missões internacionais do Exército alemão.

A interpretação que supostamente havia defendido uma intervenção anticonstitucional do Exército alemão (Bundeswehr) para garantir os interesses econômicos da Alemanha carece de justificativa, disse Köhler ao anunciar sua inesperada renúncia.

"Lamento que minhas declarações tenham conduzido a um mal-entendido", ressaltou o presidente alemão à imprensa, mostrando-se constrangido pela polêmica aberta. Nos últimos dias, ele havia sofrido inúmeras críticas por parte da imprensa.

Durante a viagem de volta de uma visita surpresa ao Afeganistão na semana passada, Köhler manifestou à imprensa que as missões do Bundeswehr no exterior têm sua justificativa também pela salvaguarda dos interesses econômicos da Alemanha.

Após começar a polêmica, seu porta-voz afirmou que o presidente da Alemanha não tinha se referido especificamente à missão no Afeganistão, mas às missões das Forças Armadas alemãs no estrangeiro em geral.

Na sexta-feira passada, por meio de outro porta-voz, a chanceler alemã, Angela Merkel, não quis comentar as declarações de Köhler com o argumento de que o presidente já as havia explicado e que não havia "nada a acrescentar".

Horst Köhler, que tinha sido reeleito presidente da Alemanha no ano passado por um mandato de cinco anos, assinalou que tinha comunicado sua decisão ao presidente rotativo da câmara alta (Bundesrat) do Parlamento alemão, o social-democrata Jens Böhrnsen, que assumirá interinamente a chefia do Estado.

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