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Presidente afegão enterra o irmão assassinado

Ahmed Wali foi morto na terça-feira em Kandahar, onde era considerado o homem forte do governo

O presidente Hamid Karzai (ao centro), que chorou durante toda a cerimônia, foi consolado por amigos e parentes, mas se recusou a deixar o local
 (Mamoon Durrani/AFP)

O presidente Hamid Karzai (ao centro), que chorou durante toda a cerimônia, foi consolado por amigos e parentes, mas se recusou a deixar o local (Mamoon Durrani/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2011 às 10h28.

Kandahar - Sem conter as lágrimas, o presidente afegão Hamid Karzai enterrou nesta quarta-feira, em Kandahar, seu meio-irmão Ahmed Wali, assassinado na terça-feira nesta cidade do sul do Afeganistão, onde era considerado o homem forte do governo.

Assassinado dentro de casa por um homem que foi apresentado pela polícia como chefe de uma guarda privada da família Karzai em Kandahar, o polêmico Ahmed Wali Karzai, de 49 anos, foi sepultado no cemitério da família em Karz, ao sul da cidade.

O presidente Hamid Karzai, que chorou durante toda a cerimônia, foi consolado por amigos e parentes, mas se recusou a deixar o local.

Diante de uma multidão formada apenas por homens, o presidente beijou o rosto do irmão, que foi sepultado ao lado de antepassados.

Depois da cerimônia, a força da Otan localizou e detonou de forma controlada duas bombas que haviam sido colocadas em uma estrada usada pelo comboio presidencial e por vários ministros na viagem até o cemitério.

A segurança na cidade de Kandahar foi reforçada, com uma grande presença do Exército e da polícia, além de muitos soldados americanos e membros da guarda presidencial.

A polícia não descarta nenhuma pista na investigação sobre o assassinato de Ahmed Wali Karzai, mas os talibãs reivindicaram o crime.

Segundo a polícia, o assassino seria Sardar Mohamad, um amigo que tinha a confiança da vítima e comandava uma guarda privada da família Karzai há vários anos.

O meio-irmão do presidente foi acusado diversas vezes nos últimos anos de corrupção e envolvimento com o narcortráfico no Afeganistão, que produz 90% do ópio mundial.

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