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Presidente afegão acusa estrangeiros de conspirar contra paz

Karzai considerou que estrangeiros tentaram se esquivar do Alto Conselho para a Paz, onde as negociações com os insurgentes talibãs precisam ocorrer


	Karzai: para ele, "qualquer tentativa de realizar negociações separadamente não constitui um esforço de paz, mas uma conspiração dos estrangeiros"
 (Massoud Hossaini/AFP)

Karzai: para ele, "qualquer tentativa de realizar negociações separadamente não constitui um esforço de paz, mas uma conspiração dos estrangeiros" (Massoud Hossaini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 11h36.

Cabul - O presidente afegão, Hamid Karzai, considerou nesta terça-feira que todas as negociações de paz para seu país devem ser realizadas sob os auspícios de seu governo, acusando países estrangeiros, cujos nomes não foram citados, de conspirar contra o atual processo de paz no Afeganistão.

Karzai explicou que durante uma viagem recente aos Estados Unidos, um país que prevê retirar suas tropas de combate do Afeganistão no próximo ano, havia dito ao governo americano que "nenhuma parte estrangeira tinha que tentar assumir o processo de paz afegão".

As negociações com os insurgentes talibãs precisam ocorrer no âmbito do Alto Conselho para a Paz, mas estrangeiros tentaram se esquivar desta instância, considerou.

Para Karzai, "qualquer tentativa de realizar negociações separadamente não constitui um esforço de paz, mas uma conspiração dos estrangeiros, com o objetivo de enfraquecer o Afeganistão".

Um funcionário de alto escalão disse à AFP que o presidente afegão se referia "a estrangeiros e elementos internos que estão tentando dizer aos talibãs que mantenham negociações com outros grupos e incitando formações políticas a manter negociações com os talibãs".

Estes elementos estrangeiros, tanto ocidentais quanto da região, procuraram enfraquecer o governo afegão, segundo este funcionário de alto escalão.

Considera-se que as relações entre o governo de Karzai e o Paquistão melhoraram, após anos de acusações mútuas sobre as ações armadas dos talibãs, presentes em ambos os países.

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