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Presidente afastado da Coreia do Sul é levado a hospital após audiência sobre impeachment

Esta foi a primeira presença de Yoon Suk-yeol no Tribunal Constitucional desde a sua prisão

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 14h23.

Última atualização em 21 de janeiro de 2025 às 14h29.

O presidente afastado da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, foi levado para um hospital militar em Seul nesta terça-feira, 21, logo após sua primeira aparição perante o Tribunal Constitucional no julgamento que decidirá seu futuro político, segundo informou a agência de notícias “Yonhap”, acrescentando que se desconhece a razão por trás desta decisão.

Fontes citadas pela “Yonhap” indicam que o comboio que transportaria Yoon de volta ao centro de detenção ao sul de Seul, onde está em prisão preventiva há uma semana, deixou o Tribunal Constitucional às 16h42 (horário local, 4h42 de Brasília) e foi direto para o Hospital do Distrito da Capital de Seul das Forças Armadas, localizado alguns quilômetros ao norte do tribunal.

Os advogados de Yoon, que se tornaram seus porta-vozes desde que foi destituído pelo Parlamento em dezembro, permaneceram em silêncio até agora quando questionados sobre a saúde do presidente em um aplicativo de mensagens instantâneas que usam para se comunicar com a imprensa.

Agentes do escritório anticorrupção também apareceram hoje no centro onde Yoon permanece em prisão preventiva com a aparente intenção de tentar forçá-lo a testemunhar, algo que tentaram na segunda-feira sem sucesso.

Além do impeachment, Yoon, que está em prisão preventiva desde 15 de janeiro, também enfrenta uma investigação criminal por um possível crime de insurreição, que pode ser punível com prisão perpétua ou pena de morte (para a qual há uma moratória na Coreia do Sul desde 1997), embora tenha se recusado a testemunhar perante os investigadores.

Hoje foi a primeira vez que o presidente afastado compareceu perante o Tribunal Constitucional, uma vez que esteve ausente das duas audiências preparatórias, bem como das duas primeiras audiências ordinárias realizadas no tribunal nos dias 14 e 18 de janeiro.

Yoon negou perante o tribunal que tenha ordenado a remoção de deputados do Parlamento para impedi-los de revogar a lei marcial que havia declarado em 3 de dezembro e disse ainda que desde jovem tem "fé na democracia liberal".

O presidente e os seus advogados baseiam sua defesa na ideia de que a lei marcial foi simplesmente mais um recurso legal à sua disposição no contexto da relação agressiva que vinha mantendo com a oposição devido a uma absoluta falta de consenso e de diálogo político que caracterizou os dois últimos períodos legislativos na Coreia do Sul.

O tribunal superior da Coreia do Sul tem até junho para decidir se a destituição de Yoon, aprovada pelo Parlamento em 14 de dezembro por ele ter declarado estado de exceção 11 dias antes, será definitiva ou se será reconduzido ao cargo.

Caso sua inabilitação seja confirmada, eleições presidenciais antecipadas deverão ser convocadas no prazo máximo de 60 dias após a decisão do tribunal.

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