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Presidenciável francês Fillon vê pressão aumentar com rejeição

Pesquisa revelou que 74% das pessoas têm uma opinião ruim do ex-primeiro-ministro de 62 anos

François Fillon: presidenciável prometeu continuar em campanha, apesar de perder o favoritismo para o rival centrista Emmanuel Macron (Sergei Supinsky/AFP)

François Fillon: presidenciável prometeu continuar em campanha, apesar de perder o favoritismo para o rival centrista Emmanuel Macron (Sergei Supinsky/AFP)

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Reuters

Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 10h38.

Sete de cada 10 eleitores franceses querem que o candidato presidencial conservador François Fillon desista da disputa, mostrou uma pesquisa de opinião do instituto Odoxa para a rádio France Info nesta sexta-feira, com um escândalo ligado ao suposto "trabalho de mentira" da mulher de Fillon continuando a assombrar sua campanha.

A enquete também revelou que 74% das pessoas têm uma opinião ruim do ex-primeiro-ministro de 62 anos e que, mesmo entre os eleitores da direita, 53% querem que ele seja substituído.

Fillon pediu desculpas ao povo da França pela maneira como centenas de milhares de euros dos contribuintes foram pagos à sua mulher ao longo de muitos anos, mas disse que o trabalho que ela fez foi genuíno e que ele não fez nada de ilegal.

Ele prometeu continuar em campanha, apesar de perder o favoritismo para o rival centrista Emmanuel Macron.

Fillon denunciou o caso dizendo se tratar de um complô de seus opositores políticos, e seus advogados estão contestando a legitimidade de uma investigação oficial sobre a questão.

O primeiro turno da eleição acontece em abril.

Fillon foi escolhido para representar o partido Os Republicanos em uma primária realizada em novembro. Ele derrotou candidatos mais conhecidos e obteve a grande maioria dos votos do eleitorado de direita com uma plataforma na qual destacou seus antecedentes impecáveis e se apresentando como um raro homem honesto na política que irá reduzir os gastos do governo.

Sua popularidade e seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto despencaram nas duas semanas transcorridas desde o início do escândalo.

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