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Presidenciável francês Fillon diz que segue na disputa eleitoral

Em pronunciamento, candidato conservador afirmou que vai seguir em frente após especulações sobre uma possível saída da corrida presidencial

François Fillon: "não vou me render, não vou desistir, não vou renunciar, irei lutar até o fim" (Christian Hartmann/Reuters)

François Fillon: "não vou me render, não vou desistir, não vou renunciar, irei lutar até o fim" (Christian Hartmann/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de março de 2017 às 09h53.

Paris - O candidato conservador à Presidência francesa, François Fillon, prometeu nesta quarta-feira continuar na disputa apesar de uma possível investigação formal contra ele por suposto uso irregular de verbas públicas.

Em pronunciamento na sede de sua campanha, Fillon afirmou que vai seguir em frente após uma manhã de especulações sobre uma possível saída da corrida presidencial após sua decisão de adiar uma visita a uma exposição agropecuária de Paris.

Pesquisas de opinião continuam indicando que ele perderia a eleição. As pesquisas mostram o centrista Emmanuel Macron consolidando sua posição como favorito, e colocam a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, também entre os principais candidatos.

Fillon revelou nesta quarta que os magistrados indicados para a investigação na semana passada planejam colocá-lo sob investigação formal e que foi convocado por eles para se apresentar em 15 de março.

Ele denunciou o processo como um "assassinato político", mas disse que irá cooperar e se apresentar, como pedido.

"Não vou me render, não vou desistir, não vou renunciar, irei lutar até o fim", disse Fillon.

Há semanas a campanha de Fillon vem sendo alvo de alegações de que ele usou dinheiro público para pagar centenas de milhares de euros para sua esposa, Pénélope, atuar como sua assessora parlamentar, mas que ela na verdade trabalhou muito pouco. Ele nega qualquer irregularidade e afirma tê-la empregado devidamente.

A diferença entre o rendimento dos títulos franceses e alemães se estreitou brevemente nesta quarta-feira e chegou a cerca de 66 pontos-base, mas a reação do mercado foi em geral contida, já que as implicações para a eleição de dois turnos em 23 de abril e 7 de maio ainda não estão claras.

A investigação de Fillon e sua esposa perturbou os investidores, que temem que os problemas de campanha do conservador tenha dado à candidata antieuro e anti-imigração Marine Le Pen, da Frente Nacional, uma chance maior de conquistar a presidência - mas pesquisas de opinião levam a crer que ela perderá o segundo turno para o centrista Emmanuel Macron.

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