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Premier iraquiano pede a curdos que entreguem vice-presidente

Tareq al-Hashemi recebeu uma ordem de prisão por acusações de complô com base na lei antiterrorista

O premier também descartou para que a Liga Árabe envie representantes ao país para acompanhar a investigação (Khaled Desouki/AFP)

O premier também descartou para que a Liga Árabe envie representantes ao país para acompanhar a investigação (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 09h23.

Bagdá - O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, pediu nesta quarta-feira às autoridades da região autônoma curda que entreguem o vice-presidente Tareq al-Hashemi, contra o qual foi emitida uma ordem de prisão por acusações de complô com base na lei antiterrorista.

"Nós pedimos ao governo da região do Curdistão que encare suas responsabilidades e entregue Hashemi ao sistema judiciário", declarou Maliki.

"Nós não aceitamos interferência alguma contra a justiça iraquiana", acrescentou.

O premier também descartou os pedidos de Hashemi à Liga Árabe para que envie representantes ao país para acompanhar a investigação e, especialmente, os interrogatórios.

"É um caso criminal, não existe nenhuma necessidade de que a Liga Árabe ou o mundo desempenhem um papel", comentou.

Hashemi, que está em Erbil, no Curdistão iraquiano, rebateu na terça-feira as acusações que pesam contra ele. Uma ordem de prisão foi emitida na segunda-feira, depois que o vice-presidente foi proibido de viajar ao exterior.

Fontes dos serviços de segurança informaram que pelo menos 13 guarda-costas do vice-presidente foram detidos nas últimas semanas, e que vários deles admitiram ter organizado e cometido atentados, com financiamento e apoio de Hashemi.

Em um discurso, Maliki ameaçou substituir todos os ministros pertencentes ao bloco Iraqiya, apoiado pelos sunitas, caso este movimento continue boicotando o governo de unidade nacional.

"Os ministros não têm o direito de suspender sua participação no governo porque serão considerados renunciantes. Nas próximas reuniões de gabinete, se eles não comparecerem nomearemos substitutos", disse.

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