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Premiê japonês reduzirá o próprio salário para reforçar reconstrução

A redução está contemplada em um projeto de lei que procura cortar o salário dos funcionários públicos em quase 8% até 2014

Se for aprovada, a lei permitirá ao governo arrecadar 290 bilhões de ienes por ano (US$ 3,8 bilhões) para utilizar em trabalhos de reconstrução no nordeste do país (Getty Images)

Se for aprovada, a lei permitirá ao governo arrecadar 290 bilhões de ienes por ano (US$ 3,8 bilhões) para utilizar em trabalhos de reconstrução no nordeste do país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 08h30.

Tóquio - O salário do primeiro-ministro do Japão, Yoshihiko Noda, será reduzido em 30% e o dos ministros e vice-ministros, em 20%, a fim de contribuir para financiar a reconstrução das zonas assoladas pelo terremoto de março.

Segundo a agência local Kyodo, a redução está contemplada em um projeto de lei que procura cortar o salário dos funcionários públicos em quase 8% até 2014, embora os membros do Gabinete tenham decidido aplicar o corte em seus vencimentos já no mês que vem para demonstrar seu compromisso.

Se for aprovada, a lei permitirá ao Governo arrecadar 290 bilhões de ienes por ano (US$ 3,8 bilhões) para utilizar em trabalhos de reconstrução no nordeste do país.

A norma já está no Parlamento, junto a outra lei que procura ampliar os direitos trabalhistas dos funcionários públicos.

Pouco após chegarem ao poder, no início de setembro, os membros do Gabinete de Yoshihiko Noda já acordaram ceder 10% de seus salários aos cofres públicos para contribuir para a reabilitação após o terremoto de março, a pior catástrofe no Japão após a Segunda Guerra Mundial.

Após o acordo de hoje, o salário do primeiro-ministro passará a ser de 1,44 milhão de ienes (US$ 18.900), o dos ministros chegará a 1,2 milhão de ienes (US$ 15.700) e o dos vice-ministros será reduzido a 1,15 milhão de ienes (US$ 15 mil), segundo a agência "Kyodo".

O terremoto e devastador tsunami de março deixaram cerca de 20 vítimas, entre mortos e desaparecidos, no nordeste do Japão, uma crise nuclear ainda existente e um trabalho de reconstrução cujo custo é calculado em mais de US$ 253 bilhões.

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