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Premiê japonês propõe comissão para reforma fiscal

Naoto Kan também prometeu concluir neste mês a estratégia de crescimento econômico e administração fiscal de média prazo do País

Naoto Kan, novo premiê do Japão, enfatizou a preocupação do novo governo com a saúde fiscal do país. (.)

Naoto Kan, novo premiê do Japão, enfatizou a preocupação do novo governo com a saúde fiscal do país. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Tóquio - O novo primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, propôs a criação de uma comissão suprapartidária para discutir a reforma fiscal, enfatizando a preocupação do novo governo com a saúde fiscal do país num momento em que crescem as preocupações com as dívidas soberanas europeias. "Precisamos de um debate nacional que vá além do muro entre os partidos do governo e da oposição", disse Kan, em seu primeiro discurso ao Parlamento. "Vamos criar uma comissão para revisar a reabilitação fiscal e se envolver conjuntamente num debate construtivo."

Kan também prometeu concluir neste mês a estratégia de crescimento econômico e administração fiscal de médio prazo. O governo liderado pelo Partido Democrático do Japão (PDJ) tem afirmado que o Escritório Nacional de Estratégia - um importante órgão de formulação de políticas públicas - lançará o plano até o fim de junho.

A dívida pública do Japão está se aproximando dos 200% do PIB, o nível mais alto entre os países industrializados, elevando o ceticismo sobre a sustentabilidade da política fiscal. "A dívida do governo em nosso país é imensa, de forma que é difícil reduzi-la em curto espaço de tempo", reconheceu o primeiro-ministro. "Precisamos começar uma reforma drástica para reconstruir a saúde fiscal de agora em diante."

As declarações sugerem que ele vai se esforçar mais para restaurar a disciplina fiscal do Japão do que o governo anterior de Yukio Hatoyama, que renunciou como primeiro-ministro na semana passada. Alguns economistas dizem que Kan pode buscar a austeridade fiscal e elevar o imposto sobre o consumo, atualmente em 5%, o que pode pesar no crescimento econômico. Mas o primeiro-ministro reiterou sua disposição de chegar a uma "economia forte, condições fiscais fortes e seguridade social forte simultaneamente". As informações são da Dow Jones.

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