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Premiê italiano pede mudança de rumo na UE, flexibilidade

Renzi disse que a Itália não está pedindo um afrouxamento das regras orçamentárias da UE, mas sim que as regras existentes sejam aplicadas de maneira flexível


	Matteo Renzi: "não pode haver estabilidade possível se não houver crescimento na Europa"
 (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

Matteo Renzi: "não pode haver estabilidade possível se não houver crescimento na Europa" (Alessia Pierdomenico/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2014 às 11h43.

Roma - O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pediu nesta terça-feira uma mudança de curso na Europa, dizendo que apenas políticas de austeridade não garantiriam a estabilidade fiscal frente ao crescente desemprego e à estagnação econômica.

Falando no Parlamento antes da cúpula da União Europeia nesta semana, Renzi disse que a Itália não está pedindo um afrouxamento das regras orçamentárias da UE, mas sim que as regras existentes sejam aplicadas de maneira flexível em troca de comprometimento com um pacote de reformas estruturais domésticas que a Itália deve alcançar em 2017.

“É óbvio que a troca entre o processo de reforma e o uso de margens para flexibilidade, que já existem e estão disponíveis para Estados-membros, é o que sempre aconteceu”, disse ele.

Renzi disse que quando a Itália assumir a presidência rotativa da UE no mês que vem ele delineará um programa de “1.000 dias” para o qual buscará aprovação parlamentar e que seria alcançado em maio de 2017.

Falando como líder de um país que não viu crescimento econômico por mais de uma década e que tem uma taxa de desemprego de jovens de mais de 40 por cento, Renzi afirmou que os “altos clérigos” da austeridade arriscam condenar a Europa à estagnação.

“O tratado nos obriga a olhar para crescimento e estabilidade como elementos que andam juntos. Não pode haver estabilidade possível se não houver crescimento na Europa. As políticas econômicas dos últimos anos fracassaram por causa disso”, disse.

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