Mundo

Premiê italiano Letta ganha incentivo em eleição local

Centro-esquerda venceu a eleição para prefeito de Roma e parecia a caminho de fazer o mesmo em outras cidades do país


	Primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta: resultado das eleições dá um impulso ao político à medida que o premiê tenta controlar uma coalizão incomodada com os tradicionais rivais de direita
 (REUTERS/Alessandro Bianchi)

Primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta: resultado das eleições dá um impulso ao político à medida que o premiê tenta controlar uma coalizão incomodada com os tradicionais rivais de direita (REUTERS/Alessandro Bianchi)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2013 às 12h58.

Roma - A enfraquecida centro-esquerda da Itália venceu a eleição para prefeito de Roma nesta segunda-feira e parecia a caminho de fazer o mesmo em outras cidades, dando um impulso ao primeiro-ministro Enrico Letta à medida que o premiê tenta controlar uma coalizão incomodada com os tradicionais rivais de direita.

O candidato de centro-esquerda, o ex-cirurgião Ignazio Marino, recebeu 63,8 por cento dos votos no segundo turno da eleição, realizado no domingo e nesta segunda-feira, derrotando o atual prefeito Gianni Alemanno, que ficou com 36,2 por cento, de acordo com apuração parcial do Ministério do Interior.

"O fato é que Marino venceu, nós temos que aceitar isso", disse Andrea Augello, um assessor próximo de Alemanno.

Com cerca de 6 milhões de italianos com direito a voto, as eleições foram o primeiro grande teste sobre o sentimento da população desde a formação do governo Letta, em abril.

No entanto, a perda de confiança nos políticos ficou evidente com a queda brusca no comparecimento às urnas de 63 por cento no segundo turno de 2008 para 45 por cento desta vez.

Apesar do comparecimento baixo, o resultado foi positivo para o Partido Democrático (PD), de Letta, de centro-esquerda.

O partido, que obteve uma apertada vitória na eleição geral de fevereiro, frustrou muitos dos seus apoiadores ao formar uma coalizão com o PDL, do ex-premiê conservador Silvio Berlusconi. Desde então, Letta se empenha em convencer o eleitorado de que o governo é conduzido por ele, e não pelo carismático bilionário Berlusconi.

Os resultados preliminares nesta segunda-feira mostraram alguns sinais de confiança dos eleitores na centro-esquerda em outros lugares também. Eles estava bem à frente nas cidades de Ancona, Viterbo e Treviso e estavam a caminho de ganhar em todas as capitais provinciais em disputa.

O Movimento 5 Estrelas, partido do comediante Beppe Grillo, que havia conseguido quase um quarto dos votos em fevereiro, aproveitando-se de uma onda de insatisfação popular contra os políticos, teve um resultado bem menos expressivo no primeiro turno das eleições municipais.

O movimento tem sido sacudido pela percepção de que seu líder é autoritário. Na semana passada, dois parlamentares abandonaram o grupo, queixando-se do controle de Grillo sobre as decisões.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEuropaItáliaPaíses ricosPiigsPolítica

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia