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Premiê italiano diz que governo pode sobreviver até 2015

Divergências internas complicam a aprovação de reformas no país, terceira maior economia da zona do euro, em recessão desde meados de 2011


	Silvio Berlusconi: ex-premiê, homem mais rico do país e figura dominante na política italiana nas duas últimas décadas, ameaça retirar o apoio da sua bancada à coalizão comandada por Letta
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Silvio Berlusconi: ex-premiê, homem mais rico do país e figura dominante na política italiana nas duas últimas décadas, ameaça retirar o apoio da sua bancada à coalizão comandada por Letta (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2013 às 09h37.

Roma - O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, disse que seu governo poderá durar até 2015, apesar da escalada de tensões dentro da coalizão por causa da possibilidade de cassação do mandato parlamentar do líder de centro-direita Silvio Berlusconi.

Berlusconi foi condenado por crime de fraude fiscal, e o Senado deve votar a cassação dele no próximo mês.

O ex-premiê, homem mais rico do país e figura dominante na política italiana nas duas últimas décadas, ameaça retirar o apoio da sua bancada à coalizão comandada por Letta, de centro-esquerda.

As divergências internas complicam a aprovação de reformas no país, terceira maior economia da zona do euro, em recessão desde meados de 2011.

Letta disse em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal La Stampa que tem a "firme intenção" de manter a coalizão até a realização de novas eleições em 2015, sob um sistema eleitoral reformado.

O Senado decidiu na quarta-feira que a cassação de Berlusconi será decidida com voto aberto, o que causou indignação entre os partidários do bilionário ex-premiê. Outra facção da centro-direita, liderada pelo vice-premiê Angelino Alfano, mantém o apoio à coalizão.

Berlusconi já havia ameaçado derrubar a coalizão no começo de outubro, mas recuou.

"Ganhamos uma batalha muito complexa. Desde 2 de outubro temos mais força, e estou encarando o futuro com confiança", disse Letta.

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