O premiê israelense, Benjamin Netanyahu: paz com os palestinos só daqui a um ano (.)
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2010 às 18h15.
Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse a parlamentares norte-americanos em visita aos Estados Unidos que crê que seja possível fechar um acordo de paz com os palestinos em um ano, apesar das diferenças enormes, disse seu porta-voz.
Netanyahu disse à delegação visitante que "acredita ser possível, através de negociações diretas e contíguas, promovidas sem quebras ou atrasos, alcançar um acordo de paz dentro de um ano", disse o porta-voz Nir Hefez na segunda-feira.
Netanyahu afirmou que acredita que a meta do Quarteto de mediadores no Oriente Médio --EUA, União Europeia, Organização das Nações Unidas e Rússia-- de chegar a um acordo para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel é alcançável, acrescentou o porta-voz.
A próxima rodada de negociações entre israelenses e palestinos está programada para 14 de setembro no Egito, seguida por uma sessão prevista para o dia seguinte, possivelmente em Jerusalém, com a presença da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
Em entrevista a um jornal palestino, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que não continuará as negociações com Israel se os trabalhos de construção nos assentamentos judaicos forem retomados após o término da suspensão temporária, em 26 de setembro.
"Você precisam saber que, se não continuarem com a suspensão da construção nos assentamentos, nós abandonaremos estas negociações", teria dito Abbas a Netanyahu nas negociações, de acordo com o jornal al-Ayyam.
"Se o congelamento não for prorrogado ... não haverá negociações", disse Abbas.
Netanyahu está sob pressão de ministros de direita de seu gabinete para retomar as obras de construção em território ocupado que os palestinos querem que faça parte de seu Estado.
Algumas autoridades veem a possibilidade de as obras serem retomadas em determinados blocos de assentamentos para manter o governo israelense intacto, mas os palestinos não assinalaram publicamente sua anuência com isso.
Leia mais notícias sobre o conflito árabe-israelense
Siga as últimas notícias de Mundo no Twitter