Mundo

Premiê francês mantém plano para ferrovias; greve no 7º dia

Manuel Valls recusou-se nesta segunda-feira a aceitar as demandas de trabalhadores ferroviários em greve que buscam mudar uma planejada reforma no setor


	Estação de trem na França: greve é uma das mais longas da França nos últimos anos
 (Gonzalo Fuentes/Reuters)

Estação de trem na França: greve é uma das mais longas da França nos últimos anos (Gonzalo Fuentes/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 11h52.

Paris - O primeiro-ministro da <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/franca">França</a></strong>, Manuel Valls, recusou-se nesta segunda-feira a aceitar as demandas de trabalhadores ferroviários em <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/greves">greve</a></strong> que buscam mudar uma planejada reforma no setor, à medida que os grevistas entravam no sétimo dia de paralisação. </p>

A greve é uma das mais longas da França nos últimos anos e vem interrompendo os serviços desde a terça-feira passada, testando a determinação do governo do presidente François Hollande para pressionar por propostas muitas vezes impopulares.

O governo tem planos de fundir a operadora SNFC e a rede ferroviária RFF em uma mesma holding controladora, ao passo que manteria suas operações separadas. Os sindicatos CGT e SUD são contra os planos, cuja intenção é preparar o setor antes de reformas na União Europeia para trazer mais concorrência às rotas de transporte na Europa.

Mas nesta segunda-feira havia sinais de enfraquecimento do movimento, já que a estimativa é que o número de grevistas caiu para 14,7 por cento, metade do constatado na semana passada.

A estatal SNCF teve que mobilizar serviços especiais de trem e ônibus para garantir que centenas de milhares de estudantes possam fazer suas provas de fim de semestre que começam nesta segunda-feira.

"A greve é irresponsável no (atual) estado do país, em dia de provas. É hora de parar essa greve”, disse Valls à rádio Info. Insistindo que o governo prosseguiria com a reforma, ele disse não ser “rompedor de greves” e que não forçaria sindicatos a acabar com a greve, a qual, segundo afirmou, é um direito constitucional.

O Parlamento deve começar a debater um projeto de lei na terça-feira que prevê a união da operadora ferroviária SNCF e a proprietária da RFF na mesma holding, embora suas operações seriam mantidas separadas.

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaGrevesPaíses ricosTransportesTrens

Mais de Mundo

Trump cancela viagem de refugiados já aprovados para reassentamento nos EUA

Argentina poderia deixar Mercosul para concretizar acordo com EUA, diz Milei

Trump dá 100 dias para acabar com guerra na Ucrânia; Zelensky pede 200 mil soldados de paz

Dingdong Maicai lança rua virtual de produtos festivos para o Ano Novo