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Premiê francês anuncia novos cortes orçamentários

Medidas visam proteger o rating máximo "AAA" da França e evitar a pressão dos mercados financeiros

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 10h09.

Paris - O primeiro-ministro francês, François Fillon, anunciou nesta segunda-feira planos para mais economias orçamentárias de 7 bilhões de euros em 2012 e de 11,6 bilhões de euros em 2013, conforme a segunda maior economia da zona do euro busca proteger seu rating máximo "AAA" e evitar a pressão dos mercados financeiros, que agora está afetando a Itália.

Ele disse que a meta é gerar mais 65 bilhões de euros em economias ao todo até 2016, a fim de cumprir as metas francesas de reduzir o déficit público a zero.

"Era hora de o país dar as costas definitivamente a 30 anos de gastos excessivos", disse Fillon.

"Temos que sair dessa espiral perigosa", disse ele em entrevista coletiva.

"Para manter a trajetória que estabelecemos para a redução do déficit, vamos fazer um esforço adicional de 65 bilhões de euros entre agora e 2016, com 18,6 bilhões (desse valor) em 2012 e 2013", afirmou o premiê.

O segundo pacote de ajustes emergenciais no Orçamento em três meses inclui a aceleração da mudança na idade para aposentadoria, que passa foi elevada de 60 anos para 62 anos em 2017, um ano antes que o planejado.

O plano também inclui uma alta temporária de 5 por cento em impostos a empresas com capital de giro acima de 250 milhões de euros, e uma elevação na taxa de desconto de vendas de produtos com imposto de valor agregado (VAT, na sigla em inglês) para 7 por cento, contra 5,5 por cento, com exceção de alguns itens.

Analista deram uma avaliação mista ao plano.

"É marketing para dizer que vamos fazer isso (reduzir o déficit), mas a maior parte das medidas terá efeito em 2012, 2013, 2014, o que significa que, na verdade, o governo atual pode não ter que assumir a responsabilidade", disse ao canal de TV LCI Marc Touati, da Assya Financial Company.

As eleições presidenciais estão marcas para abril e maio de 2012 e deverão ser seguidas por eleições parlamentares em junho.

"O que é um pouco decepcionante sobre isso é que estamos esquecendo o principal, que é (o fato de que) hoje não temos crescimento, estamos à beira de uma recessão, não temos sequer a certeza de chegar a 1 por cento de crescimento no próximo ano", acrescentou Touati.

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