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Premiê egípcio assume responsabilidade política pela tragédia

Kamal Ganzouri admitiu que desde que chegou ao poder, no fim de novembro, 'os egípcios' não o querem

Mais de 70 pessoas morreram na quarta-feira à noite pelos distúrbios ocorridos após o jogo de futebol em Port Said
 (AFP)

Mais de 70 pessoas morreram na quarta-feira à noite pelos distúrbios ocorridos após o jogo de futebol em Port Said (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de fevereiro de 2012 às 10h27.

Cairo - O primeiro-ministro egípcio, Kamal Ganzouri, assumiu nesta quinta-feira a responsabilidade política pelos confrontos de quarta-feira à noite em um jogo de futebol em Port Said, onde morreram mais de 70 pessoas, e disse que está disposto a prestar contas se for solicitado.

'Vou cumprir qualquer instrução de pedido de explicação sobre o ocorrido porque sei que sou responsável politicamente', declarou Ganzouri em discurso no Parlamento, que nesta quinta fez uma reunião de urgência para analisar os incidentes.

Ganzouri admitiu que desde que chegou ao poder, no fim de novembro, 'os egípcios' não o querem, apesar de acrescentar que isso não o levou em nenhum momento a 'abandonar suas responsabilidades'.

O primeiro-ministro informou à Câmara Baixa do Parlamento que destituiu o chefe dos serviços de Inteligência e de Segurança da cidade de Port Said, onde ocorreram os fatos, e o presidente da Federação de Futebol Egípcia, além de ter aceitado a renúncia do governador de Port Said.

Durante a sessão desta quinta, o presidente do Parlamento, o islâmico Saad Katatni, afirmou que a tragédia ocorreu por causa da 'deficiência e negligência' dos agentes de segurança e alguns deputados pediram a renúncia do ministro do Interior, Mohammed Ibrahim.

Mais de 70 pessoas morreram na quarta-feira à noite pelos distúrbios ocorridos após o jogo de futebol em Port Said, onde os torcedores do clube local Al Masry e os do Al-Ahly, do Cairo, iniciaram uma briga.

A Junta Militar, que governa o país desde fevereiro do ano passado, declarou nesta quinta-feira três dias de luto nacional e fez uma reunião extraordinária para estudar o caso. 

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