O presidente francês Emmanuel Macron recebe o primeiro-ministro libanês Najib Mikati antes de sua reunião no Palácio do Eliseu em 23 de outubro de 2024 em Paris, França (Chesnot/Getty Images)/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 29 de novembro de 2024 às 06h51.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, pediu nesta quinta-feira, em uma ligação por telefone com o presidente da França, Emmanuel Macron, que a comunidade internacional aumente a pressão sobre Israel para que cesse “suas violações do acordo de cessar-fogo” no Líbano, que entrou em vigor na madrugada de quarta-feira.
“O primeiro-ministro reiterou seu pedido de aumento da pressão sobre Israel para que cesse suas violações do acordo de cessar-fogo, que hoje resultaram em feridos e danos materiais significativos”, disse Mikati em uma ligação telefônica com Macron, cujo país atuará como garantidor da trégua no Líbano ao lado dos Estados Unidos.
De acordo com um comunicado de seu gabinete, Mikati lançou esse apelo logo depois que o Exército libanês denunciou que, após a entrada em vigor da trégua, “o inimigo israelense violou o acordo em várias ocasiões por meio de ataques aéreos e ataques com várias armas contra o território libanês”.
Mikati acrescentou que “o Comando do Exército está acompanhando essas violações em coordenação com as autoridades relevantes”, sem fornecer mais detalhes.
Durante a ligação, Mikati e Macron discutiram “a situação atual no Líbano após a implementação do acordo de cessar-fogo”, enquanto o libanês transmitiu “sua gratidão” ao francês pelo “apoio constante” ao país mediterrâneo e pela mediação para “interromper a agressão israelense e facilitar um acordo de cessar-fogo”.
O premiê libanês reafirmou que o Exército “começou a realizar suas tarefas” no sul do país, na região leste de Bekaa e nos subúrbios ao sul de Beirute, conhecidos como Dahieh, enquanto também “se prepara para aumentar seu posicionamento no setor sul do rio Litani”.
Entre outros pontos, o acordo de trégua estipula a retirada do grupo xiita Hezbollah ao norte do Litani - cujo curso chega a 29 quilômetros da fronteira israelense - e o posicionamento do Exército libanês em seu lugar, em conformidade com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada em 2006, mas nunca implementada.