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Premiê do Japão espera reforma em Constituição pacifista até 2020

Shinzo Abe declarou que espera que a alteração defina claramente o status das Forças de Autodefesa

Shinzo Abe: "eu espero firmemente que 2020 seja o ano em que uma nova Constituição entre em vigor" (Yuya Shino/Reuters)

Shinzo Abe: "eu espero firmemente que 2020 seja o ano em que uma nova Constituição entre em vigor" (Yuya Shino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 10h26.

Tóquio - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta quarta-feira que espera que a primeira mudança na Constituição pacifista do país em 70 anos seja decretada até 2020, e que a alteração defina claramente o status das Forças de Autodefesa.

Sob o Artigo 9º da Constituição, o Japão renunciou para sempre o direito de declarar guerra e baniu as Forças Armadas, embora sucessivos governos tenham interpretado que o artigo permite uma força exclusivamente para autodefesa.

Tropas japonesas participaram de operações internacionais de manutenção da paz, assim como de missões de reconstrução não combativas no Iraque de 2004 a 2006.

Abe, em uma mensagem de vídeo para uma concentração de pessoas celebrando o aniversário da decretação da Constituição, propôs fazer referência explícita às Forças de Autodefesa na Constituição. Atualmente o documento não contém nenhuma menção sobre a força.

"Ao tornar explícito o status das Forças de Autodefesa na Constituição, nós não deixamos nenhum espaço para que adversários afirmem que as Forças de Autodefesa são inconstitucionais", disse Abe no vídeo, exibido por emissoras de televisão japonesas.

"Eu espero firmemente que 2020 seja o ano em que uma nova Constituição entre em vigor", acrescentou.

Essa foi a primeira menção pública de Abe a uma data para a reforma na Constituição. Uma recente mudança de regra do governista Partido Liberal Democrata significa que Abe poderá ainda ser o primeiro-ministro em 2020 se seu partido continuar no poder.

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