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Premiê do Canadá visita EUA para impulsionar comércio

Justin Trudeau, que adotou uma abordagem discreta em relação a Trump, buscará apaziguar as opiniões do presidente americano

Justin Trudeau: primeiro-ministro canadense disse esperar que ambos "encontrem muito terreno em comum" (Enrique de la Osa/Reuters)

Justin Trudeau: primeiro-ministro canadense disse esperar que ambos "encontrem muito terreno em comum" (Enrique de la Osa/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2017 às 12h03.

Ottawa - Quando o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, visitar o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira, irá tentar nutrir os laços econômicos e ao mesmo tempo evitar as tensões derivadas de temas como a imigração, a respeito da qual os dois discordam acentuadamente.

Trudeau adotou uma abordagem discreta em relação a Trump, republicano que fez campanha prometendo endurecer as políticas imigratórias dos EUA e renegociar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), que firmou com o Canadá e o México.

Antes do encontro desta segunda-feira na Casa Branca - o primeiro entre os dois líderes desde que Trump tomou posse no mês passado -, Trudeau disse esperar que ambos "encontrem muito terreno em comum".

Em uma coletiva de imprensa realizada na sexta-feira, Trudeau ainda disse que buscará "defender e demonstrar os valores canadenses", mas fazê-lo "respeitosamente, e não de um ponto de vista ideológico".

O compromisso assumido por Trump de renegociar o Nafta irritou as autoridades canadenses, embora ele tenha escolhido o México como alvo de suas críticas ao acordo de livre comércio, que classificou como exterminador de empregos em seu país. O Canadá envia 75 por cento de suas exportações aos EUA.

Os detalhes de uma conversa telefônica tensa entre Trump e o premiê da Austrália, Malcolm Turnbull, no mês passado também causaram desconfiança.

O jornal Washington Post, citando autoridades norte-americanas não identificadas, relatou que Trump encerrou a conversa abruptamente e disse ter sido "de longe a pior ligação" que fez a um líder estrangeiro, embora a Austrália seja um firme aliado de Washington há tempos. No Twitter, Trump classificou um acordo de troca de refugiados com os australianos de "idiota".

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