Mundo

Premiê diz que Noruega 'não se deixará intimidar' pela violência

Um duplo ataque deixou 76 pessoas mortas no centro Oslo e em uma ilha próxima

Segundo o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, a resposta à 'brutal violência' seguirá sendo a defesa 'da liberdade, a tolerância e a democracia' (Lionel Bonaventure/Getty Images)

Segundo o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, a resposta à 'brutal violência' seguirá sendo a defesa 'da liberdade, a tolerância e a democracia' (Lionel Bonaventure/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 10h39.

Oslo - O primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, garantiu nesta quarta-feira que seu país "não vai se deixar intimidar pelos ataques" da sexta-feira no centro Oslo e uma ilha próxima, nos quais morreram 76 pessoas.

Em entrevista coletiva para a imprensa estrangeira, Stoltenberg acrescentou que a sociedade norueguesa vai manter-se firme para defender seus valores e que a resposta à "brutal violência" seguirá sendo a defesa "da liberdade, a tolerância e a "democracia".

Após agradecer as mostras de solidariedade "chegadas de todas as partes do mundo, de cada esquina de nosso país", o premiê social-democrata acrescentou que o desafio da Noruega nestes momentos de "incomensurável dor" é encontrar um caminho "entre a tristeza e a esperança".

A prioridade neste momento é "consolar", insistiu, e sair desta "tragédia nacional" com uma mensagem positiva, uma ligação para uma "maior participação política" e um "ainda maior compromisso com a democracia".

Stoltenberg lembrou que a ilha de Utoeya, onde ocorreu o segundo ataque com total de 68 mortos, era "a pedreira de nossos melhores talentos políticos", em alusão ao acampamento da juventude social-democrata realizada todos os anos.

A este respeito, o primeiro-ministro lembrou que ele mesmo visitava esta ilha "todos os anos" desde 1976.

"Vamos reconquistar a ilha para nossos jovens", afirmou, reiterando o chamado lançado nesse mesmo sentido dias atrás pelo líder da juventude social-democrata (AUF), Eskil Pedersen.

Stoltenberg remeteu-se, relativo às investigações em curso e as sucessivas correções nos balanços de vítimas, a que essa tarefa era competência da Polícia, à qual ratificou a confiança de seu Executivo.

Informou, no entanto, que "após a investigação policial" dos atentados e "após confortar e assistir" às vítimas será analisada a reação da Polícia ao episódio.

O ministro da Justiça, Knut Storberget, declarou nesta quarta-feira, após reunir-se com os responsáveis das forças especiais, que os agentes que foram até a ilha de Utoeya após o tiroteio são "heróis" que fizeram seu trabalho da forma correta.

"Chamei anteriormente heróis e são nossos heróis. Esses aos que visitei nesta quarta-feira são os que estiveram na primeira linha e os que ajudaram a readquirir o controle em uma situação complicada", afirmou Storberget.

Acrescentou que a Noruega "deveria sentir-se orgulhosa" desta unidade especial e de como realizou seu trabalho, e ressaltou que com sua visita queria mostrar aos agentes seu "reconhecimento" e "apoio" frente às críticas.

Acompanhe tudo sobre:EuropaJustiçaMassacresNoruegaPaíses ricosViolência urbana

Mais de Mundo

Senado confirma Kash Patel, apoiador de Trump, como diretor do FBI

Em vitória para Milei, Senado da Argentina suspende primárias para eleições legislativas de outubro

Papa Francisco completa uma semana hospitalizado por pneumonia

UE está disposta a trabalhar com Trump nas tarifas recíprocas, diz comissário europeu do Comércio