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Premiê de Portugal se diz aberto a nova aliança com extrema-esquerda

António Costa, do Partido Socialista, disse ao Parlamento que a união com os dois partidos tem tido resultados bons

António Costa: Primeiro-ministro de Portugal, do Partido Socialista, disse que está aberto a nova aliança com os dois partidos de extrema-esquerda do país (Piroschka Van De Wouw/Reuters)

António Costa: Primeiro-ministro de Portugal, do Partido Socialista, disse que está aberto a nova aliança com os dois partidos de extrema-esquerda do país (Piroschka Van De Wouw/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de julho de 2019 às 17h33.

Última atualização em 10 de julho de 2019 às 17h34.

Lisboa — O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse nesta quarta-feira que está disposto a renovar a aliança de seu Partido Socialista com dois partidos de extrema-esquerda após a eleição geral de outubro.

O acordo com o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português garante uma maioria parlamentar para o governo desde 2015, mas como algumas pesquisas de opinião mostram que os socialistas podem obter uma vitória folgada, alguns líderes da sigla querem descartar seus aliados.

"Embora não estejamos em 2015, eu tomaria a mesma decisão pela simples razão de que a solução (política) tem sido boa, os resultados têm sido bons em sua totalidade", disse Costa ao Parlamento durante o último debate antes do recesso de verão.

Além disso, unir-se aos dois partidos de esquerda ajudou os socialistas a retirarem do poder o governo de minoria de centro-direita com uma moção de desconfiança.

Durante o debate desta quarta-feira, um parlamentar do Bloco de Esquerda Pedro Filipe Soares disse que os socialistas estão "ansiando por uma maioria absoluta".

As pesquisas atuais mostram os socialistas com cerca de 40% de apoio, um pouco menos do que a margem de 43% a 45% que necessitariam para uma maioria, segundo o sistema eleitoral de representação proporcional de Portugal.

Um governo de maioria socialista, que não dependeria da extrema-esquerda, poderia abrir caminho para mais abertura ao investimento externo, rigor orçamentário e possíveis reformas no mercado de trabalho.

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