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Premiê da Itália diz que não há racha com Alemanha

Matteo Renzi afirmou que o banco central da Alemanha não deveria comentar sobre as políticas públicas italianas

Matteo Renzi durante um discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (Vincent Kessler/Reuters)

Matteo Renzi durante um discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (Vincent Kessler/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 16h23.

Roma - O primeiro-minsitro da Itália, Matteo Renzi, disse nesta sexta-feira que não há racha entre Roma e Berlim sobre a política fiscal europeia e que o banco central da Alemanha não deveria comentar sobre as políticas públicas italianas.

"Não vi nenhuma polêmica com políticos alemães", disse Renzi em coletiva de imprensa para lançar a presidência italiana de seis meses da União Europeia, quando questionado sobre relatos de racha com a Alemanha sobre o escopo de flexibilidade orçamentária.

"Se você está se referindo aos comentários de algum banqueiro alemão", continuou, "o trabalho do Bundesbank é garantir o respeito de seus estatutos, não participar do debate político da Itália".

Ele acrescentou que a "Europa pertence a seus cidadãos, não a banqueiros, sejam italianos ou alemães".

Na quinta-feira, o presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, disse que a Itália deveria completar reformas estruturais antes de pedir maior flexibilidade orçamentária.

Renzi, falando em entrevista coletiva conjunta com o atual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse ter um relacionamento "excelente" com a chanceler alemã, Angela Merkel, e que apreciou "bastante" declarações de seu porta-voz nesta sexta-feira.

A Itália, que está pressionando por maior flexibilidade nas regras orçamentárias europeias para que possa gastar mais, tem a segunda maior dívida pública na zona do euro como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), após a Grécia.

Renzi, que assumiu o governo em fevereiro, tem uma agenda ambiciosa de reformas políticas e econômicas, incluindo mudanças na lei eleitoral, abolir o Senado como uma casa eleita e simplificar a legislação trabalhista.

Contudo, ele fez pouco progresso até agora em converter seus planos em legislação aprovada e nenhuma de suas reformas foi concluída.

Renzi, cujo Partido Democrático conquistou vitória ressonante nas eleições do Parlamento Europeu em maio, repetidamente pediu uma mudança em direção a políticas mais orientadas ao crescimento na zona do euro.

"Na Europa, as regras precisão dizer respeito à estabilidade, mas também ao crescimento", disse Renzi. "Quando discutimos apenas estabilidade, estaremos destruindo uma peça de nosso futuro".

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