Mundo

Premiê da Holanda comemora vitória sobre "populismo errado"

Um eufórico Rutte mostrou o desejo de "voltar a unir a Holanda" e garantiu que o país "continua sendo pró-europeu"

Mark Rutte: "Em uma campanha, é inevitável que sejam reveladas as diferenças, mas agora é importante unir de novo o país e formar um governo estável para os próximos quatro anos" (Yves Herman/Reuters)

Mark Rutte: "Em uma campanha, é inevitável que sejam reveladas as diferenças, mas agora é importante unir de novo o país e formar um governo estável para os próximos quatro anos" (Yves Herman/Reuters)

E

EFE

Publicado em 15 de março de 2017 às 22h34.

Haia - O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, que lidera o partido liberal VVD, ganhador das eleições segundo as primeiras pesquisas, comemorou na noite desta quarta-feira por ter derrotado o "populismo errado" do ultradireitista Geert Wilders.

"Que noite! Pedimos que parasse. Paramos o populismo errado", afirmou em discurso em Haia o candidato do VVD, que deve conseguir 31 cadeiras, dez a menos que nas eleições anteriores, segundo as pesquisas de boca de urna.

Um eufórico Rutte mostrou o desejo de "voltar a unir a Holanda" e, em referência ao ultradireitista e eurofóbico Geert Wilders, garantiu que o país "continua sendo pró-europeu".

Wilders deve ficar com 19 cadeiras, quatro a mais que nas eleições anteriores, e empatado na segunda posição com o Chamada Democrata-Cristã (CDA) e os centristas do Democratas 66.

"Em uma campanha, é inevitável que sejam reveladas as diferenças, mas agora é importante unir de novo o país e formar um governo estável para os próximos quatro anos", disse o primeiro-ministro, na primeira declaração após a divulgação das pesquisas a boca de urna.

O líder do VVD aposta em destinar nos próximos anos "mais dinheiro para Defesa, para o cuidado dos idosos e para as infraestruturas".

"Isso será, para os liberais, o mais importante nos próximos anos", comentou.

Rutte também parabenizou os outros ganhadores das eleições, os verdes de GroenLinks, Democratas 66 e Chamada Democrata-Cristã, e se enalteceu: "nossa mensagem chegou aos holandeses: que nossa terra deve ser segura e estável, e continuará sendo".

Sobre os grandes derrotados da noite, os trabalhistas do PvdA, Rutte disse que já tinha falado com o líder desse partido, Lodewijk Asscher.

"Estivemos durante quatro anos e meio em uma aventura juntos. eu desejava um resultado diferente a eles", disse sobre os sociais-democratas, que segundo as pesquisas devem perder até 29 cadeiras.

O primeiro-ministro concluiu o discurso com agradecimentos aos eleitores e dizendo que a Holanda é "um país fresco".

Da Alemanha, o porta-voz da Chancelaria, Steffen Seibert, confirmou em seu perfil da rede social Twitter que a chanceler alemã, Angela Merkel, parabenizou Rutte com uma ligação telefônica na qual expressou a intenção de manter a "boa cooperação como amigos e vizinhos europeus".

Da França, o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault, felicitou os holandeses por terem "detido" o avanço da extrema direita.

"Felicidades aos neerlandeses por terem detido o avanço da extrema direita. Temos vontade de trabalhar por uma Europa mais forte", escreveu o político francês em seu perfil no Twitter.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesHolanda

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde