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Premiê da Grécia enfrenta votação crucial no parlamento

Votação parlamentar acirrada levará a novas eleições a menos que ele obtenha apoio de independentes e de partidos nanicos que até agora rejeitaram sua coalizão


	Antonis Samaras: premiê precisar garantir pelo menos 25 votos dos partidos menores e dos independentes
 (©AFP / Thierry Charlier)

Antonis Samaras: premiê precisar garantir pelo menos 25 votos dos partidos menores e dos independentes (©AFP / Thierry Charlier)

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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2014 às 12h58.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, pediu apoio nesta quarta-feira na véspera de uma votação parlamentar acirrada que levará a novas eleições a menos que ele obtenha o apoio de independentes e de partidos nanicos que até agora rejeitaram sua coalizão.

Duas legendas pequenas e cruciais – a Esquerda Democrática, que deixou o goveno no ano passado, e os direitistas e contrários ao plano de austeridade fiscal Gregos Independentes – reafirmaram sua oposição horas antes de os 300 legisladores iniciarem a primeira das três rodadas de votação para eleger um novo presidente.

Samaras, cuja coalizão conservadora e de centro-esquerda tem 155 deputados no parlamento, precisar garantir pelo menos 25 votos dos partidos menores e dos independentes para obter a super maioria necessária para eleger seu candidato, Stavros Dimas.

O escritório do premiê emitiu um comunicado dizendo que a votação não diz respeito a seu governo, mas à defesa da constituição e ao respeito ao cargo de presidente.

"Também se trata de evitar uma aventura política que poderia se mostrar fatal para o rumo do país na Europa", afirmou.

O governo não deve vencer a eleição desta quarta-feira nem uma segunda votação em 23 de dezembro, quando teria que angariar 200 votos para tiunfar, mas o processo será observado com atenção como sintoma do cenário atual antes da rodada final de 29 de dezembro, quando a super maioria exigida cai para 180.

"Se conseguirmos atrair 160 (votos) a favor de nosso candidato (nesta quarta-feira), será um primeiro passo positivo", declarou o ministro da Defesa grego, Nikos Dendias, à rede Star TV.

O chefe de Estado é um cargo essencialmente cerimonial no país, mas fracassar na eleição presidencial com uma maioria de três quintos do parlamento desencadearia eleições antecipadas, que pesquisas de opinião mostram que provavelmente seriam vencidas pelo partido esquerdista radical Syriza, que promete acabar com o programa de resgate financeiro do qual a Grécia depende para se manter à tona.

Os parceiros gregos na zona do euro desconfiam que tal resultado possa criar problemas no bloco, embora sejam as consequências políticas, mais do que as financeiras, as que mais preocupam.

Os dois lados da legislatura estão lutando para conquistar as cerca de duas dúzias de parlamentares independentes cujos votos decidirão o desfecho. Destes, sete já disseram que irão apoiar Samaras e oito irão se opor a ele, pelo menos nas primeiras rodadas.

Para compensar a defasagem, Samaras também precisaria do endosso de pelo menos alguns legisladores da Esquerda Democrática, que tem 10 deputados, e dos Gregos Independentes, que disseram nesta quarta-feira que todos seus 12 membros irão votar contra o gabinete nas três rodadas. (Reportagem adicional de George Georgiopoulos e Lefteris Papadimas)

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