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Premiê britânico critica Mercosul e diz que não entregará Malvinas

David Cameron classificou a decisão do bloco econômico como 'injustificada e contraproducente"

Reino Unido não planeja aumentar sua presença militar nas Malvinas (Eric Feferberg/AFP)

Reino Unido não planeja aumentar sua presença militar nas Malvinas (Eric Feferberg/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 15h55.

Londres - O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta sexta-feira que o Reino Unido não entregará a soberania das ilhas Malvinas (Falkland, em inglês) à Argentina e criticou a decisão do Mercosul de bloquear o acesso a seus portos dos navios com a bandeira do arquipélago.

Em sua mensagem de Natal ao povo das ilhas, Cameron classificou a decisão do Mercosul como 'injustificada e contraproducente', tomada nesta semana por iniciativa da Argentina, que reivindica a soberania do arquipélago. Para o premiê britânico, a questão depende dos habitantes das ilhas.

'Que fique muito claro. Sempre vamos manter nosso compromisso sobre qualquer questão da soberania. A base de nossa política é seu direito à autodeterminação', disse Cameron em mensagem aos habitantes das Malvinas.

As tensões entre Argentina e Reino Unido aumentaram desde quarta-feira, quando Buenos Aires recebeu o apoio de Brasil, Uruguai e Paraguai no âmbito do Mercosul, que decidiu proibir o acesso de navios com bandeira das Malvinas aos portos dos países-membros do bloco.

O Reino Unido criticou a medida, mas indicou que não planeja aumentar sua presença militar nas Malvinas, dominadas pelos britânicos desde 1833.

Os dois países se enfrentaram em 1982 numa guerra pela soberania desse arquipélago no Atlântico Sul, em torno de onde petrolíferas britânicas iniciaram operações de prospecção de petróleo.

O primeiro-ministro britânico indicou nesta sexta-feira que seu governo deseja ter uma relação 'construtiva' com a Argentina, mas alertou que a atitude de Buenos Aires com as Malvinas é 'inaceitável'.

'A Argentina mantém seus esforços injustificados e contraproducentes para impedir a navegação ao redor do arquipélago e para impedir que os empresários realizem um comércio legítimo', contestou Cameron.

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