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Premiê britânico afirma que campanha contra o EI levará anos

David Cameron disse que campanha militar contra os jihadistas do Estado Islâmico pode demorar anos


	Premiê britânico David Cameron: "temos que estar preparados para este compromisso"
 (Justin Tallis/AFP)

Premiê britânico David Cameron: "temos que estar preparados para este compromisso" (Justin Tallis/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 09h02.

Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou nesta sexta-feira que a campanha militar contra o Estado Islâmico (EI), a organização extremista que controla partes do Iraque e da Síria, pode demorar anos.

"Esta será uma missão que vai durar não apenas meses, mas anos, mas eu acredito que temos que estar preparados para este compromisso", disse Cameron no Parlamento, que votará uma autorização para a participação do país nos bombardeios americanos contra o EI, apenas no Iraque no momento.

"Esta não é uma ameaça no outro extremo do mundo", disse Cameron.

"Se não for enfrentada, acabaremos enfrentando um califado às margens do Mediterrâneo, na fronteira com um membro da Otan, Turquia, e com uma determinação declarada e provada de atacar nosso país e nossa população".

"Isto não é uma fantasia, está acontecendo diante de nós e temos que enfrentar", completou.

"Se permitirmos ao Estado Islâmico crescer e propagar-se, a ameaça será maior".

"O Estado Islâmico tem que ser destruído", afirmou Cameron, que no momento busca permissão apenas para bombardeios no Iraque e sem o envio de tropas de combate terrestres, uma fórmula que permitiria o envio de assessores ou forças especiais pontualmente.

"Não queria trazer ao Parlamento uma moção que não tivesse consenso", explicou.

O governo deve obter a autorização do Parlamento, ao contrário do ano passado, quando pretendia atacar o regime sírio de Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas contra a população civil, mas os deputados negaram a permissão.

Os Estados Unidos lideram uma coalizão internacional que tenta enfraquecer a organização extremista com bombardeios aéreos.

O Iraque solicitou a vários governos estrangeiros a ajuda, ao contrário da Síria, o que provoca as dúvidas britânicas a respeito de ampliar a campanha ao país vizinho.

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