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Prefeituras da oposição suspendem o Carnaval na Venezuela

Várias prefeituras nas mãos da oposição decidiram suspender os festejos públicos do Carnaval devido à tensão vivida na Venezuela

Venezuelanos protestam contra o governo na capital Caracas: algumas das manfiestações levaram a confrontos que deixaram ao menos 10 mortos (Raul Arboleda/AFP)

Venezuelanos protestam contra o governo na capital Caracas: algumas das manfiestações levaram a confrontos que deixaram ao menos 10 mortos (Raul Arboleda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 14h30.

Caracas - Várias prefeituras nas mãos da oposição decidiram suspender os festejos públicos do Carnaval devido à tensão vivida na Venezuela após mais de vinte dias de manifestações estudantis, algumas das quais levaram a confrontos que deixaram ao menos 10 mortos.

Nesta segunda-feira "oficializaremos a suspensão das atividades de Carnaval em Chacao. Não estamos para celebrações", escreveu em sua conta no Twitter Ramón Muchacho, o prefeito deste reduto opositor do leste de Caracas e um dos focos mais ativos de protestos contra o governo de Nicolás Maduro.

Outras prefeituras opositoras, como a da petroleira Maracaibo (oeste, a segunda cidade do país), do município Sucre (leste de Caracas) ou de Barinas (oeste, terra natal do falecido líder Hugo Chávez) fizeram anúncios similares.

"Em Maracaibo não temos nada a celebrar neste momento que o país vive. Prudência e Moderação. Estamos com os estudantes", escreveu a prefeita Eveling Trejo.

A suspensão dos festejos públicos em várias cidades contrasta com o anúncio de Maduro, reiterado no domingo, de decretar a quinta-feira, 27 de fevereiro, feriado para comemorar o Caracazo de 1989, razão pela qual, somado aos dias de carnaval, 3 e 4 de março, serão praticamente seis dias de feriado.

"Vai haver carnaval, vai haver festa, fantasias... que viva o carnaval venezuelano", disse Maduro diante de seus simpatizantes.

Há semanas o ministério do Turismo vinha informado que todos os hotéis e pousadas do Caribe venezuelano estão lotados e as passagens aéreas e de ônibus estão esgotadas.

Este longo recesso de todas as atividades pode ajudar a desativar os protestos estudantis que começaram no dia 4 de fevereiro no oeste do país contra a insegurança, opinaram analistas.

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