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Prefeitura de Paris é multada por empregar mulheres em excesso

"Tenho o prazer de anunciar que fomos multados por termos nomeado muitas mulheres para cargos de direção", disse a prefeita de Paris, Anne Hidalgo

No total, as mulheres ocupavam 69% dos cargos de chefia na prefeitura, com 11 mulheres e cinco homens (FRANCK FIFE / Colaborador/Getty Images)

No total, as mulheres ocupavam 69% dos cargos de chefia na prefeitura, com 11 mulheres e cinco homens (FRANCK FIFE / Colaborador/Getty Images)

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AFP

Publicado em 15 de dezembro de 2020 às 14h19.

Última atualização em 15 de dezembro de 2020 às 17h51.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, classificou de "absurda", nesta terça-feira (15), uma multa imposta pelas autoridades à prefeitura da capital francesa por empregar muitas mulheres em cargos de responsabilidade.

A multa de 90.000 euros (US$ 110.000) foi imposta pelo Ministério da Função Pública da França, alegando que Paris infringiu as regras de paridade de gênero em seu quadro de funcionários de 2018.

"Tenho o prazer de anunciar que fomos multados" por "termos nomeado muitas mulheres para cargos de direção", disse Hidalgo em uma reunião na prefeitura.

No total, no referido ano, as mulheres ocupavam 69% dos cargos de chefia na prefeitura, com 11 mulheres e cinco homens.

"A gestão da prefeitura se tornou, de repente, feminista demais", ironizou a prefeita socialista, que foi reeleita para um novo mandato à frente de Paris no ano passado. "Essa multa é obviamente absurda, injusta, irresponsável e perigosa", criticou.

Ela acrescentou que as mulheres devem ser promovidas com "vigor, porque o atraso em todas as partes da França ainda é muito grande".

"Sim, para alcançar a paridade um dia, devemos acelerar o ritmo e garantir que se nomeie mais mulheres do que homens", completou.

Em uma resposta no Twitter, a ministra do Serviço Público da França, Amélie de Montchalin, reconheceu que a multa foi imposta, mas acrescentou que a norma foi anulada em 2019.

"Quero que a multa paga por Paris para 2018 financie ações concretas de promover as mulheres no serviço público", frisou, convidando Hidalgo ao Ministério para discutir o assunto.

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