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Prefeito de Miami diz que manterá proteção social a imigrantes

Intenção, segundo o prefeito, é manter a cidade "diversificada" e "inclusiva" apesar das políticas do presidente do país, Donald Trump

Miami: o prefeito garantiu que a cidade manterá os direitos de seus habitantes, inclusive se tiver que ir à Justiça frente às políticas antimigração (Ali Seifert/Stock.Xchng/Reprodução)

Miami: o prefeito garantiu que a cidade manterá os direitos de seus habitantes, inclusive se tiver que ir à Justiça frente às políticas antimigração (Ali Seifert/Stock.Xchng/Reprodução)

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EFE

Publicado em 29 de março de 2017 às 14h14.

Última atualização em 29 de março de 2017 às 14h15.

Buenos Aires - O prefeito de Miami, Tomás Regalado, expressou nesta quarta-feira seu compromisso em manter uma cidade "diversificada" e "inclusiva", apesar das políticas do presidente do país, Donald Trump, e afirmou que a cidade assumirá a proteção social se for necessário perante os cortes orçamentários.

No marco de um fórum sobre os desafios do futuro para as grandes cidades da América Latina realizado hoje em Buenos Aires, Regalado falou como convidado junto ao prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta, e o da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, sobre a crescente importância do papel da cidade na sociedade, dado o aumento demográfico urbano.

Regalado, nascido em Havana, destacou com orgulho que Miami é uma "cidade diversa, inclusiva, onde todo o mundo é diferente" porque 62% de seus residentes não nasceram nos Estados Unidos.

"Miami é a cidade latino-americana mais perto dos Estados Unidos, é uma cidade que até tem política externa, é uma cidade especial. Foi fundada por pessoas que não nasceram nos Estados Unidos", apontou durante o painel de abertura do fórum intitulado "As cidades da América Latina perante os desafios globais".

O prefeito de Miami garantiu que a cidade manterá os direitos de seus habitantes, inclusive se tiver que ir à Justiça frente às políticas antimigração que a Administração Trump pode desenvolver.

"Tivemos uma política muito clara. As forças de polícia que são próprias não atuam e nem vão atuar como funcionários federais ou como agentes de imigração. Nossa missão é proteger e servir", sustentou o prefeito.

O funcionário apontou que no atual contexto, há muitos habitantes que não procuram as forças de segurança por medo.

"Estamos na etapa de tentar convencer as pessoas de que a polícia está do lado deles, que não será um catalisador do futuro como imigrante (...). Não cansamos de repetir publicamente que na cidade de Miami os corpos de segurança são parte dos residentes", recalcou.

O prefeito também disse que o novo governo americano cortará fundos em temas que afetam a qualidade de vida em áreas como a segurança e os fundos para a caridade e que, perante isso, a cidade assumirá a responsabilidade.

"Vai ser um mandato sem fundo que temos que assumir", indicou.

"As escolas não estão pedindo nenhum tipo de documentação, simplesmente nome e sobrenome. E estamos tratando através das escolas de devolver a esses residentes a confiança", recalcou.

Junto a seus companheiros da Argentina e México, o prefeito também discutiu no fórum sobre as perspectivas de crescimento populacional das grandes cidades e os desafios que isso implica em nível de serviços e urbanismo.

A Urbanização das zonas de assentamentos precários (vilas misérias ou favelas), transporte, leis e serviços de saúde foram alguns dos temas tratados.

O fórum foi organizado pelo jornal espanhol "El País" e o governo da cidade de Buenos Aires.

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