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Prefeito de Londres se opõe a visita de Trump ao Reino Unido

O prefeito argumenta que o convite para a visita foi "prematuro" e que ela não deveria ocorrer porque "muitos britânicos" não concordam com suas políticas

Sadiq Khan: a perspectiva de uma visita de Estado de Donald Trump não é bem vista por muitos britânicos. (Tom Jacobs/Reuters)

Sadiq Khan: a perspectiva de uma visita de Estado de Donald Trump não é bem vista por muitos britânicos. (Tom Jacobs/Reuters)

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AFP

Publicado em 6 de junho de 2017 às 11h23.

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, criticado por Donald Trump após o último atentado em Londres, considerou nesta terça-feira que o Reino Unido não deveria honrar o convite feito ao presidente dos Estados Unidos para uma visita oficial durante o ano.

"Há muito tempo digo que o convite da primeira-ministra Theresa May a Donald Trump para fazer uma visita de Estado foi prematuro", declarou à AFP-TV. "As visitas de Estado são dirigidas a líderes internacionais que se distinguiram", disse ele.

"Dado que muitos britânicos não concordam com muitas das políticas de Donald Trump, não deveríamos ter uma visita de Estado", acrescentou o prefeito de Londres, que explicou que naturalmente apoiava o diálogo com o presidente dos Estados Unidos.

Trump acusou Khan de não levar o terrorismo a sério, depois que o prefeito de Londres pediu aos londrinos que não se "alarmassem" com uma "maior presença da polícia" depois do ataque de sábado à noite.

"Pelo menos 7 mortos e 48 feridos em um ataque terrorista e o prefeito de Londres diz que há 'nenhuma razão para se alarmar!'", escreveu Trump no Twitter.

O ministro britânico das Relações Exteriores Boris Johnson, predecessor de Khan na prefeitura de Londres, estimou que a visita de Estado deveria ser mantida, mas apoiou o prefeito londrino.

"A respeito das declarações de Sadiq Khan aos londrinos, acho que ele estava certo em dizer aquilo".

A perspectiva de uma visita de Estado de Donald Trump não é bem vista por muitos britânicos.

Uma petição online assinada por cerca de 1,8 milhão de pessoas pede que a viagem seja limitada a uma mera visita, para evitar o "embaraço" da rainha.

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