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Prefeito de Buenos Aires é candidato a presidente argentino

Mauricio Macri relançou sua candidatura em meio à surpresa de seu partido depois de manter no domingo a prefeitura de Buenos Aires por uma margem mínima


	Mauricio Macri, líder da direita, relançou sua candidatura em meio à surpresa de seu partido depois de manter a prefeitura de Buenos Aires
 (REUTERS/Enrique Marcarian)

Mauricio Macri, líder da direita, relançou sua candidatura em meio à surpresa de seu partido depois de manter a prefeitura de Buenos Aires (REUTERS/Enrique Marcarian)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2015 às 08h21.

O líder da direita Mauricio Macri, o candidato opositor mais bem posicionado para as presidenciais de 25 de outubro na Argentina, relançou sua candidatura em meio à surpresa de seu partido depois de manter no domingo a prefeitura de Buenos Aires por uma margem mínima.

Em um discurso em que deixou de lado a vitória apertada de seu herdeiro político, Horacio Rodríguez Larreta, Macri, 56 anos, prometeu que, se chegar à presidência, manterá os pilares do governo peronista de centro-esquerda de Cristina Kirchner, como as políticas sociais e a gestão estatal da petroleira YPF e das Aerolíneas Argentinas.

"A YPF continuará conduzida pelo Estado", afirmou no comitê de campanha de seu partido Proposta Republicana (PRO, direita), em meio aos aplausos de seus seguidores.

Também prometeu manter a Bolsa Universal por Filho, que beneficia com 100 dólares mensais as famílias mais pobres, uma iniciativa do governo de Kirchner.

Horacio Rodríguez Larreta, 49 anos, venceu no domingo as eleições para a prefeitura de Buenos Aires com uma margem mínima, em uma votação-chave para a direita.

Com 99% dos votos apurados, Larreta superou Martín Lousteau, 44, do Energia Cidadã Organizada (ECO, centro), por 51,62% a 48,38%.

O PRO vai manter o poder na capital por mais quatro anos, após duas gestões consecutivas.

O PRO esperava, no entanto, uma vitória contundente para impulsionar a candidatura à presidência de Macri, opositor mais bem posicionado frente ao candidato da presidente Cristina Kirchner (peronista, de centro-esquerda), o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, favorito nas pesquisas.

Nenhuma pesquisa ou analista havia previsto que o candidato de direita venceria por uma margem tão estreita.

Larreta obteve 45,5% dos votos no primeiro turno, no último dia 5, enquanto Lousteau ficou com 25,5%.

Um total de 2,5 milhões de pessoas estavam habilitadas a votar, e 5,05% votaram em branco, segundo a Direção Geral Eleitoral.

"Mais uma vez, festejamos o orgulho de que os portenhos continuem nos apoiando", comemorou Larreta, no comitê de campanha do Proposta Republicana (PRO, direita), ao se declarar vencedor.

Autodefinido como "um social-democrata moderno", Lousteau é ex-ministro da Economia de Kirchner e representa a coalizão de centro Energia Cidadã Organizada (ECO), em que convergem cinco forças políticas, desde social-democratas (União Cívica Radical) até o Partido Socialista e a direita mais moderada (Coalizão Cívica).

Embora Lousteau tenha competido com o PRO em Buenos Aires, forma com aquele partido uma frente opositora em nível nacional para as eleições presidenciais.

"É um fim de semana de esperança, termina uma etapa importante da minha vida, e espero que comece uma ainda mais importante", comemorou Macri, prefeito de Buenos Aires desde 2007.

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