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Prefeita de Paris propõe lei para repartir imigrantes pela França

No seu texto, de uma dezena de páginas, Hidalgo advogou também por criar centros humanitários de acolhimento temporário em todo o país

Imigrantes em Paris: "Não enfrentamos uma crise migratória, senão uma crise no atenção aos imigrantes" (Charles Platiau/Reuters)

Imigrantes em Paris: "Não enfrentamos uma crise migratória, senão uma crise no atenção aos imigrantes" (Charles Platiau/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de julho de 2017 às 16h04.

Paris - A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, propôs nesta quinta-feira aos deputados franceses uma lei para acolher imigrantes e para integrar refugiados na qual foram estabelecidos os mecanismos para reparti-los por território nacional, perante os problemas de concentração na capital.

No seu texto, de uma dezena de páginas, Hidalgo advogou também por criar centros humanitários de acolhimento temporário em todo o país, como o que foi aberto no norte de Paris em novembro do ano passado.

"Não enfrentamos uma crise migratória, senão uma crise no atenção aos imigrantes", assegurou a prefeita em uma coletiva de imprensa neste centro de acolhimento de Paris.

Em um dos artigos da sua proposta legislativa, fixa o prazo máximo de tramitação das petições de asilo em seis meses, como quer o Governo.

Em outro, prevê uma melhora no atendimento aos menores, cuja idade seria avaliada pela administração do Estado e não pelos departamentos, como ocorre agora.

A prefeita socialista apostou por aumentar as vagas de acolhimento para solicitntes de asilo de 50 mil em 2018 a 75 mil em 2022, financiadas pelo Estado graças a uma verba orçamental que passaria de 316 milhões de euros em 2018 a 406 milhões de euros em 2022.

A iniciativa de Hidalgo, que qualificou a atual política de integração francesa de "débil", foi revelada uma semana antes de o Governo anunciar uma série de medidas relacionadas com o asilo e com a luta contra a imigração irregular.

"Apesar dos esforços realizados, a complicada situação atual gera grande tensão nos dispositivos de acolhimento existentes", explicou sob o telhado de zinco do antigo armazém da empresa ferroviária francesa SNCF, que se tornou um centro de acolhimento.

Situadas no perímetro norte de Paris, essas instalações têm capacidade para hospedar 400 homens por uma duração de entre cinco e dez dias.

Mulheres, famílias e menores sem companhia são dirigidos a uma estrutura similar ao sul de Paris.

O problema é que diante do centro, pelo qual passaram mais de 12 mil imigrantes, acampam atualmente mais de 1,5 mil pessoas da Eritreia, Afeganistão e Sudão, que poderiam ser desalojadas pela polícia nos próximos dias.

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