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Pré-candidatos republicanos rejeitam acordo com Cuba

Os pré-candidatos republicanos à Casa Branca em 2016 expressaram sua oposição ao acordo entre Estados Unidos e Cuba para restabelecer as relações diplomáticas


	Casa Branca: histórico anúncio de hoje recebeu imediatamente duras críticas dos candidatos às primárias conservadoras
 (Getty Images)

Casa Branca: histórico anúncio de hoje recebeu imediatamente duras críticas dos candidatos às primárias conservadoras (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2015 às 20h44.

Washington - Os pré-candidatos republicanos à Casa Branca em 2016 expressaram nesta quarta-feira, sem exceções, sua oposição frontal ao acordo entre Estados Unidos e Cuba para restabelecer as relações diplomáticas rompidas em 1961 e reabrir embaixadas.

O histórico anúncio de hoje recebeu imediatamente duras críticas dos candidatos às primárias conservadoras, enquanto seus oponentes democratas o celebraram e cerraram fileiras em torno do presidente Barack Obama.

O argumento da oposição republicana é que os Estados Unidos se abrem a Cuba sem obter nada em troca: a ilha não empreendeu nenhuma reforma em matéria de direitos humanos nem mudou sua postura quanto aos pedidos sobre as propriedades confiscadas a americanos durante a revolução cubana.

O ex-governador da Flórida, Jeb Bush, um dos favoritos de seu partido para conseguir a indicação, tachou de "duvidosas conquistas diplomatas" os passos dados por Obama na normalização das relações com Cuba e destacou que as relações entre ambos países deveriam estar condicionadas pelo avanço da "causa dos direitos humanos e da liberdade dos cubanos".

"Espero que o Congresso americano realize uma apuração das concessões feitas a Havana antes de considerar (a indicação) de um embaixador", concluiu Bush.

Na mesma linha se pronunciou o senador pela Flórida, Marco Rubio, de origem cubana, ao criticar que "durante toda a negociação, enquanto o regime de (Raúl) Castro aumentou sua repressão ao povo cubano, a Administração Obama continuou olhando para o outro lado e oferecendo concessão após concessão".

"É hora de pôr fim a nossas concessões unilaterais a este odioso regime", acrescentou Rubio, filho de um humilde casal cubano que emigrou aos Estados Unidos em 1956, antes do triunfo da revolução.

Essa opinião foi compartilhada pelo último republicano a somar-se à corrida pela Casa Branca, o governador de Nova Jersey, Chris Christie, para quem Obama está "profundamente errado" em sua abertura em relação a Cuba.

"Não há propriedade privada em Cuba, não há liberdades políticas, não há nem sequer internet. E agora este presidente permite estabelecer relações diplomáticas com Cuba quando o regime dos Castro não fez nada para reformar-se", disse Christie hoje em um ato de campanha.

Para outro dos pré-candidatos republicanos, o ex-governador do Texas, Rick Perry, o acordo com Cuba é "o exemplo mais recente da política internacional deste presidente (Obama), que ignora a realidade em troca de 'vitórias' políticas superficiais".

Já o senador por esse mesmo estado, Ted Cruz, filho de um imigrante cubano, reiterou sua oposição ao financiamento da embaixada em Havana "a menos e até que o presidente possa demonstrar que fez algum avanço em aliviar a miséria" dos cubanos.

Nas fileiras dos pré-candidatos democratas, pelo contrário, só houve boas palavras sobre o restabelecimento de relações diplomáticas com Cuba após 54 anos de inimizade.

"A nova embaixada dos Estados Unidos em Havana ajuda-nos a envolver o povo cubano e a continuar os esforços por uma mudança positiva. Um bom passo para os povos de Estados Unidos e Cuba", escreveu no Twitter a ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, favorita para a indicação democrata.

"A diplomacia cria oportunidades. O Departamento de Estado e Cuba estão dando outro passo para frente para fortalecer nossa relação e o hemisfério", comentou na mesma rede social - e em espanhol - o ex-governador de Maryland, Martin O'Malley.

"Cinquenta anos de Guerra Fria são suficientes. Já é hora que Cuba e Estados Unidos virem a página e normalizem relações", considerou também no Twitter o senador Bernie Sanders, que ilustrou a mensagem com uma foto das bandeiras de EUA e Cuba tremulando juntas. 

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