Opaq: no plano aprovado pela Opaq, as armas químicas serão transportadas para fora do território sírio (AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h23.
Brasília - O prazo fixado para a remoção de armas químicas da Síria, para posterior destruição, não será cumprido devido a dificuldades técnicas, segundo informações da missão conjunta da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) e das Nações Unidas (ONU).
Os preparativos para o transporte desses materiais continuam em andamento, de acordo com o comunicado emitido pela missão na cidade portuária de Latakia, na Síria. “No entanto, nesta fase, o transporte do material químico mais crítico antes do dia 31 de dezembro é improvável”, diz o documento.
De acordo com a ONU, no final de outubro o governo sírio destruiu equipamentos de produção de armas químicas, tornando-os inoperantes. Ao fazer isso, cumpriu o prazo estabelecido pelo Conselho Executivo da Opaq para a completa destruição das instalações de produção de armas químicas até o dia 1º de novembro.
No plano aprovado pela Opaq, as armas químicas serão transportadas para fora do território sírio para garantir a destruição de “forma mais segura e mais rápida” até 30 de junho de 2014. A data de 31 de dezembro para a remoção do material mais crítico de armas químicas da Síria, para posterior destruição, foi o primeiro “marco intermediário” estabelecido pela Opaq.
“Uma série de fatores externos teve impacto sobre os prazos, incluindo a volatilidade contínua nas condições gerais de segurança, o que limitou os movimentos planejados”, disse a missão conjunta.
A remoção dos agentes químicos para fora do país envolve transportá-los para Latakia, de onde eles serão levados em navios comerciais fornecidos por alguns Estados-Membros da ONU para serem destruídos no mar.
A missão conjunta acrescentou que o Conselho Executivo da Opaq se reunirá no dia 8 de janeiro, quando a coordenadora especial da ONU-Opaq, Sigrid Kaag, apresentará um relatório ao Conselho de Segurança da ONU.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em um comunicado divulgado por seu porta-voz, ressaltou que o esforço internacional para eliminar armas químicas da Síria continua a apresentar progressos, como demonstrado pelo cumprimento de todos os marcos anteriores nos últimos três meses.
“Apesar desse atraso, a missão conjunta continua a trabalhar de perto e intensamente com o governo da Síria e a ajudar os Estados-Partes para iniciar as operações de remoção e o transporte seguro o mais rápido possível”, diz o comunicado.