A “Blue Flag”, nome utilizado pela ONG dinamarquesa Foundation for Environmental, que concede a certificação, foi hasteada na praia há uma semana. (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 21h23.
São Paulo - A Praia do Tombo, localizada no litoral sul de São Paulo, foi a segunda brasileira a receber a bandeira azul, que premia as melhores praias do mundo em questões socioambientais.
A “Blue Flag”, nome utilizado pela ONG dinamarquesa Foundation for Environmental, que concede a certificação, foi hasteada na praia há uma semana. Ao todo 3.200 praias no mundo receberam uma bandeira como esta, mas, até então, no Brasil somente uma se enquadrava nesses padrões internacionais, a praia Jurerê Internacional, em Santa Catarina.
O secretário municipal de Meio Ambiente do Guarujá, Elio Lopes, explicou que o principal ponto para que a praia recebesse a bandeira foi a qualidade do mar, além disso, outros 32 itens foram considerados e aprimorados pela prefeitura para melhorar as condições socioambientais da região. Após quatro anos de trabalho, finalmente o esforço foi reconhecido e premiado.
Lopes explica que a análise feita pela ONG Instituto Ambiental Ratones, de Santa Catarina, que é responsável pela Bandeira Azul aqui no Brasil, é mais rigorosa do que os critérios da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Antes de receber o selo, foi preciso acabar com todas as ligações clandestinas encontradas na região, eliminar todo o esgoto da rede pluvial que desemboca na praia e fazer a análise da água duas vezes ao dia.
O esforço, no entanto, não acabou. O trabalho para manter uma Bandeira Azul é tão ou mais difícil do que o feito para obtê-la. Para que a praia preferida dos surfistas da região não perca essa conquista, foi criado o Núcleo de Educação Ambiental. O local oferece cursos aos trabalhadores locais e abriga outros quesitos exigidos pela ONG certificadora, como banheiros, bebedouro, centro de informações turísticas, câmeras de seguranças, lixeiras de coleta seletiva, entre outras coisas.
O secretário municipal explicou que as adaptações não custaram muito aos cofres públicos, devido às parcerias feitas com empresas da iniciativa privada e verbas provenientes de diferentes secretarias.