Mundo

Praça de Madri aparece em vídeos apreendidos com extremistas

Os vídeos teriam sido encontrados entre os pertences pessoais de dois espanhóis que foram presos por delitos de "apologia ao terrorismo"

Madrid: os vídeos, que continham cantos islâmicos e frase de teor jihadista, foram difundidos em redes sociais como Instagram, YouTube e Facebook (Getty Images)

Madrid: os vídeos, que continham cantos islâmicos e frase de teor jihadista, foram difundidos em redes sociais como Instagram, YouTube e Facebook (Getty Images)

A

AFP

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 14h58.

A polícia espanhola apreendeu vídeos que mostram dois suspeitos de extremismo com armas junto a imagens da famosa praça madrilenha da Porta do Sol, local onde milhares de pessoas celebram o Ano Novo.

Os vídeos teriam sido encontrados entre os pertences pessoais de Edrissa Ceesay Sanuwo e Sami Sennouni Mouh, dois homens de nacionalidade espanhola que foram presos na quarta-feira por delitos de "apologia ao terrorismo" e "depósito de armas de guerra", segundo assinala os autos da Audiência Nacional.

"Há imagens de vídeo que mostram homens encapuzados, com armas, diante da Porta do Sol", indicou esta fonte à AFP.

Durante a operação, a polícia fez inspeções nas quaisencontrou carregadores de fuzil do tipo AK-47 e trinta balas, todos escondidos em um terreno baldio no sul de Madri.

Os investigadores encontraram também os vídeos em que os suspeitos mostram armas e um facão, revelou nesta sexta-feira o jornal La Razón.

Os suspeitos, segundo a fonte judicial, gravaram vídeos onde pode-se ver a bandeira preta do grupo extremista Estado Islâmico e ouvir a música de fundo similar à utilizada por eles em seu material de propaganda.

De toda forma, a fonte advertiu que "há uma grande distância" entre o fato de encontrar os vídeos e os homens estarem planejando um ataque à Porta do Sol, destacando que até o dia de hoje não foi achado nenhum outro elemento concreto de preparação.

De toda forma, a fonte advertiu que "há uma grande distância" entre o fato de encontrar os vídeos e os homens estarem planejando um ataque à Porta do Sol, destacando que até o dia de hoje não foi achado nenhum outro elemento concreto de preparação.

Os vídeos, que continham cantos islâmicos e frase de teor jihadista, foram difundidos em redes sociais como Instagram, YouTube e Facebook.

Esta informação é divulgada quando as autoridades terminam os preparativos para a festa de Réveillon na Porta do Sol, onde deverão se reunir cerca de 25.000 pessoas para receber o Ano Novo.

Cerca de 800 agentes da polícia foram mobilizados pela prefeitura de Madri.

As autoridades também colocarão pesados obstáculos (caminhões da polícia, barreiras de concreto e ferro) para evitar ataques com caminhões.

Desde 2015, 177 supostos extremistas foram presos em território espanhol, segundo as forças de segurança. A maior parte é processada por atos de propaganda e recrutamento em nome do grupo Estado Islâmico, ou por "autodoutrinação", crime existente no país há um ano.

A Espanha tem permanecido relativamente a salvo do fenômeno de combatentes estrangeiros unidos a grupos extremistas quando comparada a outros países europeus.

As autoridades estimam que somente 200 espanhóis viajaram para o exterior para lutar nos fronts extremistas, um número muito menor do que os milhares de combatentes da França e Bélgica.

O ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, supervisionará pessoalmente as medidas de segurança que serão tomadas na noite de sábado para as festividade do Ano Novo, visitando a direção-geral da polícia em Madri, informou sua assessoria de imprensa.

"Acredito que podemos confiar em nossas forças e órgãos de segurança, pois são pessoas que têm demonstrado sua competência ao longo dos anos", indicou o presidente do governo, Mariano Rajoy, em coletiva de imprensa.

Acompanhe tudo sobre:Ataques terroristasEspanhaEstado Islâmico

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia