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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - O Partido Progressista (PP) decidiu em reunião da Executiva nesta quarta-feira dar liberdade aos Estados na realização de coligações partidárias para as eleições de outubro, o que permite à legenda se aliar tanto ao PT quanto ao PSDB para eleger governadores, senadores e deputados.
O PP, aliado do governo Lula, vem sendo sondado pelo PSDB para que seu presidente, senador Francisco Dornelles (RJ), ocupe a vice na chapa do pré-candidato à Presidência, José Serra (PSDB). O partido agrega um minuto e meio à propaganda de TV.
Apesar da decisão de independência estadual, a legenda insiste que a posição para a eleição nacional só sai em junho.
"Não há pré-definição. Vamos identificar a tendência nacional", disse à Reuters o líder da bancada na Câmara, deputado João Pizzolatti (SC).
Ele deu como exemplos de diferenças regionais a Bahia e o Rio de Janeiro, onde o PP estará com a governista Dilma Rousseff (PT), e Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com Serra.
O deputado Ricardo Barros (PP-PR), que também participou do encontro, adianta que nas últimas três eleições o PP não se coligou nacionalmente, o que significaria, agora, não apoiar nem Dilma nem Serra.
"Ficamos neutros", disse Barros, mesmo tendo ministros nos governos Luiz Inácio Lula da Silva (Cidades) e Fernando Henrique Cardoso.
De acordo com o PP, a diretriz nos Estados atende à prioridade da legenda de aumentar o número de parlamentares, de 42 para 60 deputados e de 1 para cinco senadores.