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Pouso forçado de avião da Ryanair por presidente de Belarus gera revolta

Alexander Lukashenko ordenou que voo com destino à Lituânia pousasse e ativista de oposição foi detido

Belarus: país ex-URSS ordenou pouso sob alegação de bomba a bordo (Hannah McKay/File Photo/Reuters)

Belarus: país ex-URSS ordenou pouso sob alegação de bomba a bordo (Hannah McKay/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2021 às 14h59.

Última atualização em 24 de maio de 2021 às 22h08.

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, ordenou que um voo da Ryanair que partiu da Grécia com destino a Lituânia pousasse neste domingo em Minsk, onde um ativista de oposição que estava a bordo foi detido, gerando fortes críticas da comunidade internacional.

A Lituânia, integrante da União Europeia, pediu que o bloco e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)respondessem, a Alemanha cobrou uma explicação imediata e o primeiro-ministro da Polônia classificou o caso como “um ato repreensível de terrorismo de Estado”.

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A líder da Comissão Europeia, Ursula van der Leyen, disse que a ação de Belarus foi “totalmente inaceitável”.

O avião, que percorria o trajeto entre Atenas e Vilnius, estava quase chegando à Lituânia quando mudou de direção e foi escoltado para Minsk, capital de Belarus, após denúncias de que havia explosivos a bordo, segundo uma plataforma de rastreamento aéreo e a agência de notícias estatal BeITA.

Agentes da lei de Belarus levaram o ativista Roman Protasevich, 26, do avião o detiveram. Ele foi colocado em uma lista de procurados após protestos de rua no ano passado motivados pela eleição presidencial na qual Lukashenko foi declarado o vencedor. Adversários reclamam que houve fraude eleitoral.

Lukashenko pessoalmente ordenou que um avião de guerra escoltasse o Boeing até Minsk, informou a BelTA. Nenhum explosivo foi encontrado, disse.

A Lituânia e Belarus, aliada tradicional da Rússia, são vizinhos e ex-membros da União Soviética. A Lituânia agora é membro da União Europeia e Belarus, não.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, pediu uma resposta internacional.

"Peço aos aliados da Otan e da UE que reajam imediatamente à ameaça representada à aviação civil internacional pelo regime de Belarus. A comunidade internacional deve tomar medidas imediatas para que isso não se repita", disse Nauseda.

A assessora presidencial lituano Asta Skaisgiryte disse que a operação para forçar o pouso do avião que transportava cerca de 170 pessoas de 12 países parecia ter sido pré-planejada.

Ela disse que os serviços de inteligência de Belarus sabiam quem estava a bordo do avião, que foi forçado a pousar com a ajuda do caça MIG-29. Protasevich morava em Vilnius desde novembro, disse ela.

Uma porta-voz das autoridades aeroportuárias da Lituânia disse à Reuters que o avião, programado para pousar em Vilnius no início do domingo, agora deve pousar no final do dia.

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