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Posse do governo catalão é adiada por bloqueio de Madri

O bloqueio espanhol foi feito em razão da nomeação de políticos presos ou que estão no exterior para cargos no governo de Quim Torra

Quim Torra: o presidente catalão nomeou presos políticos para cargos no governo (Hannibal Hanschke/Reuters)

Quim Torra: o presidente catalão nomeou presos políticos para cargos no governo (Hannibal Hanschke/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de maio de 2018 às 10h23.

O presidente regional da Catalunha, o independentista Quim Torra, adiou a cerimônia de posse de seu novo governo, programada para esta quarta-feira, em razão do bloqueio de Madri à nomeação de ministros presos ou no exterior.

Em comunicado, o novo líder regional denunciou "o bloqueio do governo espanhol" de Mariano Rajoy e anunciou que "pediu que as medidas legais que podem ser tomadas" sejam estudadas contra ele.

O Executivo espanhol, que controla a administração regional desde a fracassada declaração de independência de 27 de outubro, impediu a publicação oficial do decreto com as nomeações dos ministros de Torra assinado no sábado.

Entre eles, o novo presidente incluiu quatro ex-ministros do Executivo de Carles Puigdemont destituído em outubro, dois deles em prisão preventiva e outros dois instalados em Bruxelas e reclamados pela justiça espanhola.

O governo espanhol entendeu essa decisão como uma "nova provocação" e, até o momento, não publicou o decreto de nomeação no Diário Oficial da União, um passo essencial para prosseguir com a tomada de posse.

Rajoy tem em teoria dez dias para realizar a publicação, mas, embora Torra assegure em sua declaração que "é um ato devido que não teria que sofrer nenhuma interferência", não é garantido que o faça.

Esta disputa estende ainda mais o impasse político na região, que está há cerca de sete meses sem um governo.

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