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UE atrapalha negociações de paz, reclama premier israelense

Para Benjamin Netanyahu, postura europeia contra assentamentos em territórios ocupados endurece posições palestinas


	Benjamin Netanyahu: governo israelense anunciou neste domingo licitação para a construção de 1.000 casas em territórios ocupados
 (Jin Lee)

Benjamin Netanyahu: governo israelense anunciou neste domingo licitação para a construção de 1.000 casas em territórios ocupados (Jin Lee)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2013 às 16h03.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou nesta segunda-feira (12) a posição da União Europeia (UE) sobre as colônias judaicas nos territórios ocupados, afirmando que as mesmas atrapalham as negociações de paz com os palestinos.

A UE publicou no dia 19 de julho as diretrizes de sua política, que estipulam que a partir de 2014 todos os acordos com Israel sobre uma ajuda do bloco deverão especificar que não se aplicam aos territórios ocupados desde 1967 (ou seja, Cisjordânia, Jerusalém Oriental, Faixa de Gaza e Golã).

Essas diretrizes europeias "comprometeram a paz" na medida em que "endureceram as posições dos palestinos", afirmou Netanyahu em um encontro com o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle.

"Acredito que dificultam uma solução, que só poderá ser alcançada com negociações entre as partes, e não por uma imposição externa", disse.

Os palestinos querem que seu futuro Estado seja estabelecido de acordo com as fronteiras de 1967, ou seja, que inclua Jerusalém Oriental, Cisjordânia e a Faixa de Gaza.

Após três anos de bloqueio e mais de seis décadas de um conflito histórico, as negociações entre israelenses e palestinos, retomadas no fim de julho em Washington, continuarão na quarta-feira em Jerusalém e depois em Jericó, na Cisjordânia.

Mas o governo israelense anunciou no domingo uma licitação para a construção de 1.000 casas nas colônias, gerando uma reação negativa dos palestinos, que consideraram que esta medida mostrou a falta de seriedade de Israel nas negociações.

O Estado hebraico aprovou, no entanto, a libertação de um primeiro grupo de 26 presos palestinos antes da retomada das negociações na quarta-feira.

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